O DHAMMAPADA ou o caminho da retidão, e uma introdução aos ensinamentos do glorioso Buda

Para Buda, a ignorância é a causa de toda a miséria do mundo e apenas o conhecimento de si mesmo e o relacionamento de alguém com o Grande Plano podem combater essa ignorância. Para ele, existem dois caminhos, um para os ignorantes, forçados a se ligar à Roda da Vida e da Morte em seu sentido mais restrito; e o outro para o homem sábio que, pelo conhecimento de si mesmo e do autocontrole, poderia libertar-se das brasas às quais os ignorantes aderem em agonia e, assim, encontrar o Caminho do Meio.

Siddharta Gautama viveu na Índia em 600 aC Ele era o príncipe herdeiro do clã Shakyas. Quando criança, seu pai foi informado de que seu filho seria alguém muito especial. Este, temendo que seu filho fugisse de seu reino, o confinou em um palácio onde ele não sabia nada desagradável. Um dia, quando ele se casou, ele conseguiu escapar e visitou o mundo pela primeira vez e sua dura realidade. Ele conhecia a doença, velhice e morte. Isso causou tanta comoção no coração do jovem Siddharta, que decidiu abandonar tudo para descobrir o que faz com que os homens sofram. Durante anos, ele seguiu todos os professores que encontrou, mas com nenhum conseguiu o que queria. Com 35 anos, ele se colocou debaixo de uma árvore, e conta a lenda, que enquanto meditava os animais e plantas o protegia para que ele não tivesse calor. Sob a árvore, tornou-se Buda, o iluminado, e a partir de então se dedicou a espalhar seus ensinamentos.

Para os sábios, a vida que é vivida aqui é uma oportunidade de se livrar do lastro acumulado no passado, de se livrar de suas opiniões e pontos de vista, de suas concepções de vida e morte e de deixar tudo isso voltar para começar a trilhar o Caminho do Meio.

As Quatro Nobres Verdades

Buda explicou que existem quatro nobres verdades que governam tudo:

1- Existir como uma personalidade separada condena sofrimento e dor.
2 - A causa suprema da miséria é o desejo de possuir e preservar os possuídos.
3 - A libertação da dor é alcançada descartando todos os desejos, exceto o conhecimento correto.
4 - O caminho da libertação e a cessação de todos os opostos é o caminho óctuplo nobre, o caminho da imortalidade.

Os dez mandamentos do Buda.

1- Não mate, isto é, inofensivo em tudo e com todos.
2- Não roube.
3- Não cometa adultério.
4- Não minta.
5 - Não beba bebidas alcoólicas e viva uma vida simples, pois a simplicidade é um sinal de sabedoria, enquanto a complicação é a ignorância.
6- Coma nos horários determinados.
7- Não decore.
8- Pratique humildade.
9- Não participe de divertimentos mundanos.
10- Não ter ou aceitar posses.

As duas grandes leis

1 - Cada indivíduo é exatamente o que ganhou o direito de ser e está no lugar que ganhou o direito de ser. Esta é a lei da reencarnação.
2 - Cada efeito é na natureza igual à causa que o produz. No mundo espiritual, ação e reação são as mesmas. Esta é a lei do karma.

As duas grandes virtudes

1- A maior sabedoria é poder reconhecer que o bem existe em todas as coisas. Aprenda a não julgar ou criticar as coisas, mas simplesmente amá-las e servir sem egoísmo e sem reservas.
2- Pratique a renúncia do eu.

O nobre caminho óctuplo que deve ser seguido para libertar-se da roda do nascimento e da morte.

1- Crença direta.
2- Aspiração reta.
3- Palavra reta.
4- Conduta correta.
5- Metade direita da vida.
6- Esforço direto.
7- Atenção direta.
8- Meditação direta.

Extraído do livro `` Os ensinamentos do glorioso Buda '' de Muitos P. Hall.

Anexamos um vídeo da vida de Buda.

> Visto em: http://www.pensamientoconsciente.com/?p=863

O DHAMMAPADA

-A ESTRADA DA RECTITUDE-

Índice

Capítulo 1: Versículos Gêmeos

Capítulo 2: Atenção

Capítulo 3: A Mente

Capítulo 4: Flores

Capítulo 5: Tolos

Capítulo 6: Os Sábios

Capítulo 7: O Honesto

Capítulo 8: Milhares

Capítulo 9: Mal

Capítulo 10: Punição

Capítulo 11: Velhice

Capítulo 12: Autocontrole

Capítulo 13: O Mundo

Capítulo 14: O Buda

Capítulo 15: Felicidade

Capítulo 16: Anexo

Capítulo 17: Raiva

Capítulo 18: Impurezas

Capítulo 19: Os Justos

Capítulo 20: O Caminho

Capítulo 21: Diversos

Capítulo 22: Infortúnio

Capítulo 23: O Elefante

Capítulo 24: Avidez

Capítulo 25: O Monge

Capítulo 26: O Nobre

Capítulo 1: Versículos Gêmeos

1. Todos os estados encontram sua origem na mente. A mente é o seu fundamento e são criações da mente.
Se alguém fala ou age com pensamentos impuros, o sofrimento segue da mesma maneira que a roda segue o casco do boi ...

2. Todos os estados encontram sua origem na mente. A mente é o seu fundamento e são criações da mente.
Se alguém fala ou age com um pensamento puro, a felicidade o segue como uma sombra que nunca o abandona.

3. "Ele me maltratou, me bateu, me derrotou, me roubou." O ódio daqueles que guardam tais pensamentos nunca desaparece.

4. "Ele me maltratou, me bateu, me derrotou, me roubou." Aqueles que não nutrem tais pensamentos são libertados do ódio.

5. O ódio nunca é extinto pelo ódio neste mundo; Isso só sai através do amor. Essa é uma lei eterna antiga.

6. Muitos não sabem que quando disputamos, perecemos; mas aqueles que a entendem restringem completamente suas disputas.

7. Para quem vive apegado ao prazer, com sentidos irrestritos, sem moderação alimentar, indolente, inativo, ele é derrubado por essa Mara, enquanto o vento derruba uma árvore fraca.

8. Aquele que vive consciente de impurezas, com sentidos contidos, moderado em comida, cheio de fé, cheio de energia sustentadora, não será derrubado por essa Mara, pois o vento não derrubará a montanha.

9. Quem não tem autocontrole e não permanece na verdade, mesmo que esteja vestido com uma túnica amarela, ele não é digno disso.

1O. Aquele que se libertou de todas as manchas, está estabelecido na moral e endurecido no autocontrole e na verdade, digno do manto amarelo.

11. Aqueles que imaginam o não essencial como essencial e o essencial como não essencial, devido a um julgamento tão errado, nunca alcançam o Essencial (Nibbana, o refúgio supremo além dos laços).

12. Mas aqueles que veem o essencial no essencial e o não essencial no essencial, por causa de sua visão correta, percebem a essência.

13. Assim como a chuva penetra em uma casa mal coberta, a ganância penetra em uma mente não desenvolvida.

14. Assim como a água não penetra em uma casa bem coberta, a ganância não penetra em uma mente bem desenvolvida.

15. O malfeitor lamenta agora e lamenta mais tarde. Ele lamenta aqui e ali. Ele sempre lamenta e sofre ao perceber a impureza de seus próprios atos.

16. O benfeitor se alegra agora e depois. Aqui e ali ele se alegra. Ele se alegra; Ele se alegra muito, percebendo a pureza de seus próprios atos.

17. Sofra agora e sofra depois. Sofrer em ambos os estados. "Eu agi mal", diz ele, sofrendo. Além disso, ele sofre ao se concentrar em um estado mais doloroso. Então quem trabalha mal.

18. Aproveite agora e depois. Nos dois estados, ele é verdadeiramente feliz. «Eu agi bem, ele diz feliz. Além disso, concentrar-se em um estado de paz é feliz. Então, quem trabalha bem.

19. Embora alguém recite as escrituras com muita frequência, se é negligente e não age de acordo, é como o vaqueiro que conta as vacas dos outros. Não obtém os frutos da Vida Santa.

20. Embora recite pouco as escrituras, se conduzir de acordo com o Ensinamento, abandonando o desejo, o ódio e a ilusão, dotados de uma mente bem liberada e sem se apegar a nada aqui ou mais tarde, ele obtém os frutos da Vida Santa.


Capítulo 2: A Atenção
21. Atenção é o caminho para a imortalidade; Desatenção é o caminho para a morte. Quem está atento não morre; Os desatentos são como se já tivessem morrido.

22. Distinguindo isso claramente, os sábios estabelecem-se na atenção e deleitam-se na atenção, desfrutando da terra dos nobres.

23. Quem medita constantemente e persevera, liberta-se dos laços e obtém o supremo Nibbana.

24. Glória a quem se esforça, permanece vigilante, é puro de conduta, atencioso, autocontrolado, direto em seu modo de vida e capaz de permanecer em crescente atenção.

25. Através do esforço, diligência, disciplina e autocontrole, que o homem sábio se torne uma ilha que nenhuma inundação pode inundar.

26. O ignorante está perdoando com atenção; O homem sábio guarda a atenção como o maior tesouro.

27. Não se recrie em negligência. Não seja íntimo dos prazeres sensoriais. O homem que medita diligentemente atinge verdadeiramente muita felicidade.

28. Quando um sábio supera a desatenção, cultivando a atenção, livre de tribulações, ele sobe ao palácio da sabedoria e observa as pessoas que sofrem enquanto o sábio alpinista contempla os ignorantes que estão abaixo.

29. Atentos entre os desatentos, totalmente acordados entre os que dormem, os sábios avançam como um cavalo de corrida à frente de uma picada decrépita.

30. Ao ficar alerta, Indra se impôs aos deuses. Assim, a atenção é elogiada e a negligência, subestimada.

31. O monge que se deleita na atenção e observa com medo a desatenção, avança como fogo, superando todas as grandes ou pequenas armadilhas.

32. O monge que se deleita na atenção e observa com medo a desatenção não é propenso a cair. Está na presença do Nibbana.


Capítulo 3: A Mente

33. Essa mente volúvel e instável, tão difícil de governar, é endireitada pelos sábios como o arqueiro, a flecha.

34. Essa mente treme como um peixe quando você o tira da água e o joga na areia. Portanto, devemos deixar o campo das paixões.

35. É bom controlar a mente: difícil de dominar, inconstante e tendendo a se estabelecer onde bem entender. Uma mente controlada leva à felicidade.

36. A mente é muito difícil de perceber, extremamente sutil e voa após suas fantasias. O sábio controla isso. Uma mente controlada leva à felicidade.

37. Dispersa, vagando sozinha, incorpórea, escondida em uma caverna, é a mente. Aqueles que a submetem se libertam das correntes de Mara.

38. Aquele cuja mente é instável não conhece o ensino sublime, e aquele cuja confiança vacila, sua sabedoria não alcançará a plenitude.

39. Aquele cuja mente não está sujeita à ganância ou afetada pelo ódio, tendo transcendido o bem e o mal, permanece vigilante e destemido.

40. Perceber que esse corpo é frágil como um vaso, e tornar sua mente tão forte quanto uma cidade fortificada derrotará Mara com a faca da sabedoria. Ele vigiará sua conquista e viverá sem apego.

41. Antes de muito tempo, esse corpo, desprovido de consciência, permanecerá na terra, tendo tão pouco valor quanto um tronco.

42. Qualquer dano que um inimigo possa causar ao inimigo, ou aquele que odeia aquele que é odiado, danos adicionais podem causar uma mente mal direcionada.

43. O bem que nem a mãe, nem o pai, nem qualquer outro parente podem fazer a um homem, é provido por uma mente bem orientada, que a enobrece dessa maneira.

41. Antes de muito tempo, esse corpo, desprovido de consciência, permanecerá na terra, tendo tão pouco valor quanto um tronco.

42. Qualquer dano que um inimigo possa causar ao inimigo, ou aquele que odeia aquele que é odiado, danos adicionais podem causar uma mente mal direcionada.

43. O bem que nem a mãe, nem o pai, nem qualquer outro parente podem fazer a um homem, é provido por uma mente bem orientada, que a enobrece dessa maneira.


Capítulo 4: Flores

44. Quem entenderá esta terra e a terra de Yama e este mundo de devas? Quem investigará o abençoado Caminho da Virtude como o especialista que seleciona as melhores flores?

45. O discípulo que exercitar entenderá esta terra e a terra de Yama e o mundo dos devas.O discípulo que exercitar investigará o abençoado Caminho da Virtude, como o especialista que seleciona as melhores flores.

46. ​​Percebendo esse corpo como espuma e percebendo que é como uma miragem, aniquilará os espinhos das paixões sensuais e zombará da vigilância do rei da morte.

47. Quem coleta apenas as flores (dos prazeres sensoriais) e cuja mente está distraída (nos objetos dos sentidos), a morte o arrasta como uma imensa inundação que varre uma cidade inteira enquanto ele dorme.

48. Para o homem que pega as flores (dos prazeres sensoriais) e cuja mente está distraída, insaciável em seus desejos, o Destruidor o coloca sob seu domínio.

49. Assim como a abelha líbia na flor, sem danificar sua cor e essência, e então se afasta, tomando apenas mel, para que os sábios passem por essa existência.

50. Não devemos considerar as falhas de outras pessoas, ou o que outras pessoas fizeram ou deixaram de fazer, mas nossos próprios atos cometidos ou omitidos.

51. Assim como uma flor bonita de cor viva, mas sem perfume, as boas palavras daqueles que não as praticam são estéreis.

52. Assim como uma flor bonita, de cores vivas e também cheia de perfume, as boas palavras daqueles que as colocam em prática são frutíferas.

53. Da mesma maneira que muitas flores produzem muitas guirlandas, tantas boas ações devem ser realizadas por quem nasce como ser humano.

54. O perfume das flores não se espalha contra o vento, nem a fragrância de sândalo, rododendro ou jasmim, mas a fragrância do virtuoso se espalha contra o vento. O homem virtuoso se expande em todas as direções.

55. Sândalo, rododendro, lótus, jasmim: muito superior a todos esses tipos de fragrância é o da virtude.

56. A fragrância de rododendro ou sândalo é pequena em termos de abrangência, mas a virtude é suprema e se espalha até entre os deuses.

57. Mara não encontra o caminho para aqueles que são perfeitos em virtude, vivendo vigilantes e livres de algemas, através da perfeita realização (das Verdades).

58-59. Do mesmo modo que um lótus aromático pode germinar e florescer em um esterco, assim, entre os ofuscados, o discípulo que segue o Iluminado Perfeito (o Buda) sabiamente deslumbra.


Capítulo 5: Tolos
60. Longa é a noite para quem está acordado. Longo é o caminho para o viajante cansado. Longa é a existência repetida para tolos que não conhecem o ensino sublime.

61. Se um homem procura e não consegue encontrar alguém que seja melhor ou igual a ele, ele continua o caminho da vida. Não pode haver amizade com um tolo.

62. Eu tenho filhos, tenho riqueza, então o tolo conta em sua mente. Mas ele próprio não pertence: quanto menos filhos e riqueza!

63. Um tolo ciente de sua tolice é, por esse motivo, um homem sábio, mas o tolo que pensa que é um sábio é realmente um tolo.

64. Mesmo que um tolo esteja associado a um sábio a vida inteira, ele não entenderá o Ensinamento, assim como a colher nunca compreenderá o conhecimento da sopa.

65. Se um homem inteligente se associa a um sábio, mesmo que apenas por um momento, ele entenderá rapidamente o Ensinamento, pois a língua capta o conhecimento da sopa.

66. Tolos, homens de inteligência inferior, comportam-se como seus próprios inimigos, cometendo atos malignos que produzem frutos amargos.

67. Não é bem feito o ato que causa remorso depois de realizado, e cujo resultado se sente arrependido com lágrimas no rosto.

68. Bem feito, é aquele ato que não causa arrependimento e cujo resultado se experimenta com uma mente cheia de grande deleite e felicidade.

69. Embora um ato ruim cometido não dê frutos, durante esse tempo o tolo acredita que é tão doce quanto o mel, mas quando o ato ruim amadurece, o tolo enfrenta dor.

70. Embora mês após mês um tolo pudesse comer apenas tanta comida quanto uma pitada de grama Kusa, mesmo essa não seria a sexta parte.

71. Um mau ato executado não dá frutos imediatamente, assim como o leite não azeda imediatamente.
Assim como o fogo coberto de cinzas queima, o ato maligno persegue o tolo, queimando-o.

72. Por sua ruína, é claro, ele obtém o conhecimento e a fama tolos, que obscurecem seu destino e ofuscam sua mente.

73. Esse tolo deseja reputação e prioridade entre os monges, autoridade nos mosteiros e honras entre outras famílias.

74. Que leigos e monges pensem que ele é quem executa todos os trabalhos, grandes ou pequenos, deixando que eles se refiram a ele. Essa é a ambição desse tolo, aumentando seus desejos e seu orgulho.

75. Mas certamente um é o caminho que leva às conquistas mundanas e outro que leva ao Nibbana. Entendendo dessa maneira, o monge não se alegra com os favores do mundo, mas cultiva o desapego.


Capítulo 6: Os Sábios

76. Se alguém encontrar um homem sábio, que como um descobridor de tesouros aponta suas falhas e chama a atenção para elas, você deve se associar a essa pessoa. Um vai bem e não mal na companhia desta pessoa.

77. Deixe-o aconselhá-lo, exortá-lo e dissuadi-lo do erro. Essa pessoa é valiosa para os nobres, mas desagradável para os mesquinhos.

78. Não se associe a amigos mesquinhos; Não mantenha a companhia de homens ignóbeis. Associe-se a amigos nobres; mantenha a companhia dos melhores entre os homens.

79. Quem bebe na fonte do Ensinamento vive feliz com uma mente serena. O homem sábio sempre desfruta do ensinamento proclamado pelos nobres iluminados.

80. Quem rega, canaliza a água; os arqueiros endireitam a flecha; os carpinteiros esculpem a madeira; Os sábios disciplinam eles mesmos.

81. Como uma rocha sólida não se move com o vento, os sábios permanecem intactos antes das calúnias e lisonjas.

82. Como um lago profundo é transparente e calmo, os sábios tornam-se ao ouvir o Ensinamento.

83. O santo se desapega de tudo e não se envolve na cobiça sensual. Quando a felicidade ou o sofrimento o alcançam, com sabedoria ele não é afetado por euforia ou desânimo.

84. Nem para si nem para os outros ele deseja filhos, riquezas ou reinos; nem mesmo com ambigüidades, ele busca seu próprio sucesso.
Essa pessoa é, é claro, virtuosa, sábia e direta.

85. Poucos entre os seres humanos são aqueles que cruzam para a outra margem. A maioria só sobe e desce na mesma margem.

86. Mas aqueles que agem corretamente de acordo com o Ensinamento, que está bem estabelecido, atravessam além das paixões e alcançam o Nibbana.

87-88. Vindo de casa para o estado de sem-teto, que o homem sábio deixe os estados de ofuscação e cultive a lucidez. Por mais difícil que seja, procure prazer e desapego. Superando prazeres sensuais, sem impedimentos, o homem sábio se liberta das impurezas da mente.

89. Aqueles que aperfeiçoam suas mentes nos Fatores de Iluminação, sem vínculos, deliciando-se com o abandono da ganância, aqueles que são livres de corrupção, iluminados, alcançam o Nibbana mesmo neste mundo.

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Capítulo 7: O Honesto

90. Para aqueles cuja jornada terminou, sem dor, totalmente liberados de tudo e que puseram fim a todos os laços, o fogo (das paixões) foi extinto.

91. Eles se esforçam para permanecer vigilantes. Em nenhum lugar eles se apegam. Como cisnes que saem do lago, eles saem de lugar em lugar e marcham.

92. Para eles, não há acumulação, e sua comida não é outra senão a Libertação, que é Vazia e Indefinida: esse é o seu objetivo. Seu curso é como o dos pássaros no ar: não deixa vestígios.

93. Um deles eliminou a corrupção, não está ligado à comida; Seu objetivo é a libertação, que é vazia e indefinível. Sua caminhada, como a dos pássaros no ar, não deixa vestígios.

94. Aquele que controla firmemente seus sentidos, como o cocheiro de cavalos; aquele que é purificado do orgulho e desprovido de paixões, a esse homem até os deuses invejam.

95. Como a terra, uma pessoa equânime e bem disciplinada não sofre. É comparável a uma coluna. É como um lago cristalino. Alguém de tal equanimidade escapa a novos nascimentos.

96. Sua mente é calma, sua palavra é calma e suas ações são calmas para aqueles que são liberados através do conhecimento perfeito, residindo firme e pacificamente.

97. O homem que não é crédulo, que entendeu o Incrível, que cortou as correntes, terminou a ocasião (do bem e do mal) e erradicou desejos, que o homem é o homem supremo.

98. Verdadeiramente delicioso é o lugar onde os iluminados habitam: seja na aldeia ou na floresta, seja no mato ou na clareira.

99. Deliciosas são as florestas onde as pessoas comuns não encontram prazer. Lá desfrutam aqueles que queimaram suas paixões. Pois estes não buscam prazeres sensoriais.


Capítulo 8: Milhares
100. Melhor do que mil dissertações, melhor do que um mero amontoado de palavras sem sentido, é uma frase sensata, ao ouvir a que se acalma.

101. Melhor que mil versos de palavras inúteis, é aquele com uma linha simples e benéfica que quando você a ouve é sereno.

102. Melhor é uma simples palavra da Doutrina - que pacifica quem a ouve - do que cem versos de inúmeras palavras.

103. Maior que a conquista na batalha de mil vezes mil homens é a conquista de si mesmo.

104-105. Melhor se conquistar do que conquistar os outros. Nem um deus nem um semideus, nem Mara nem Brahma, podem desfazer a vitória daquele que se treinou e sempre conduz
com moderação.

106. Embora mês após mês, até mil, uma oferecesse por cem anos, mas outra honrada iluminasse apenas por um momento, essa reverência é melhor que o sacrifício de cem anos.

107. Embora por um século um homem tenha praticado o ritual de fogo na floresta, se por um único momento ele honrou um iluminado, essa reverência é melhor do que o sacrifício de fogo por um século.

108. O que você oferece neste mundo por um ano, ou os presentes que faz para alcançar o mérito, é um pouco além do que significa honrar aquele santo que é excelente.

109. Para aqueles que cultivam o hábito de reverenciar e respeitar constantemente os anciãos, quatro bênçãos estão aumentando: idade, beleza, bênção e força.

110. Um único dia na vida de uma pessoa virtuosa e meditativa vale mais de cem anos da vida de uma pessoa imoral e descontrolada.

111. Um único dia na vida de uma pessoa que luta com firme resolução vale mais de cem anos da vida de uma pessoa preguiçosa e indolente.

112. Um único dia na vida de uma pessoa que faz um esforço intenso vale mais de cem anos na vida de quem é preguiçoso e inativo.

113. Um único dia na vida de uma pessoa que entende como todas as coisas surgem e desaparece vale mais de cem anos da vida de uma pessoa que não entende como as coisas surgem e desaparecem.

114. Um único dia na vida de uma pessoa que vê o Estado Imortal vale mais de cem dias na vida de uma pessoa sem a visão do Estado Imortal.

115. Um único dia na vida de uma pessoa que percebe a verdade sublime vale mais de cem anos da vida de uma pessoa que não percebe a verdade sublime.


Capítulo 9: Mal

116. Apresse-se a fazer o bem; restrinja sua mente para o mal, pois quem é lento em fazer o bem se recupera no mal.

117. Se um homem trabalha mal, não o faça repetidas vezes, não o repense. Doloroso é o acúmulo do mal.

118. Se um homem trabalha bem, faça-o repetidamente, recrie-o. Feliz é a acumulação do bem.

119. O malfeitor vê tudo bem até que sua ação ruim dê frutos, mas quando o fruto amadurece, ele vê seus efeitos infelizes.

120. Mesmo uma pessoa boa pode sentir dor trabalhando bem, mas assim que a fruta é produzida, ela experimenta os bons resultados.

121. Não pense levianamente sobre o mal dizendo "ele não chegará a mim". Assim como um jarro é preenchido gota a gota, da mesma forma o tolo, acumulando-o pouco a pouco, é preenchido com o mal.

122. Não pense no bem com leviandade dizendo "isso não chegará a mim". Assim como um jarro é enchido gota a gota, da mesma maneira que o sábio, acumulando-o pouco a pouco, é cheio de bondade.

123. Assim como um comerciante com uma pequena caravana carregando muita riqueza evitaria uma estrada perigosa, e assim como um homem que ama a vida evitaria o veneno, também se deve evitar o mal.

124. Da mesma forma que o veneno não pode prejudicar a mão que o carrega, pois o veneno não afeta se não houver ferimento, por isso não é prejudicado pela pessoa errada.

125. Quem fere um homem inocente, puro e sem falhas, esse mal se volta contra esse tolo, assim como a poeira que foi lançada contra o vento.

126. Alguns nascem do útero; os malévolos nascem em estados miseráveis; os auto-dirigidos vão para estados abençoados; os iluminados recebem o Nibbana.

127. Nem no céu, nem no meio do oceano, nem em uma gruta nas montanhas, é um lugar onde alguém pode permanecer salvo das conseqüências de seus erros.

128. Nem no céu, nem no meio do oceano, nem em uma caverna nas montanhas é um lugar onde alguém possa permanecer a salvo da morte.


Capítulo 10: Punição
129. Todo mundo treme com a punição. Todo mundo tem medo da morte. Se compararmos os outros consigo mesmo, nem
Nós vamos matar ou causar a morte.

130. Todo mundo tem medo de punição; Todo mundo ama a vida. Comparando com os outros, não se deve matar ou causar a morte.

131. Quem procura sua própria felicidade prejudicará aqueles que, como aquele que a buscam, não a alcançarão após a morte.

132. Quem procura sua própria felicidade e não prejudica quem, como quem a procura, a encontrará após a morte.

133. Você não fala agressivamente com ninguém, porque aqueles que atacam poderão responder da mesma maneira. As discussões criam dor e você pode receber golpe por golpe.

134. Se você permanecer calado, como um gongo inutilizável, alcançará o Nibbana; Você encontrará paz.

135. Assim como um vaqueiro com um graveto leva as vacas para o pasto, a velhice e a morte levam a vida dos seres à sua conclusão.

136. Quando um tolo age mal, por suas próprias ações este homem estúpido estará atormentando, como alguém queimado pelo fogo.

137-138-139-140. Aquele que magoa aqueles que são inocentes e inofensivos com suas armas logo se precipitará em um desses estados: muita dor, lesão corporal ou doença grave, perda de mente ou opressão por um monarca, ou acusações sérias, opressão de membros da família, ou ruína, ou um incêndio que até arrasa sua casa. E após a dissolução do corpo nascerá no inferno.

141. Não é ficar nu, ou ter cabelos emaranhados, ou ficar sujo ou em jejum, ou deitado no chão, ou sujar o corpo com cinzas, ou andar sem ficar ereto, o que pode purificar os mortais.
Isso não foi libertado de suas dúvidas.

142. Embora visto corretamente, se ele vive em paz, sujeito às paixões e controlando os sentidos, é puro e ninguém machuca, ele é um brâmane, um asceta, um monge.

143. É difícil encontrar neste mundo alguém que, contido pela modéstia, evite toda reprovação, pois o cavalo evita o chicote.

144. Esforce-se e seja rigoroso, como o corcel é quando sente o chicote. Pela confiança, virtude, esforço, concentração, investigação da Verdade, conhecimento e conduta corretos, atenção
mental, você superará o grande sofrimento.

145. Quem rega, canaliza as águas. Os fabricantes de flechas os endireitam. Carpinteiros trabalham a madeira. Os virtuosos se controlam.


Capítulo 11: Velhice

146. Que risada, que alegria pode haver quando está sempre ardendo (nas paixões)? Se você estivesse envolto em trevas, não procuraria a luz?

147. Eis este belo corpo, massa de dor, muitos nódulos, perturbações, nas quais nada dura, nada persiste.

148. Declínio para este corpo, ninho de doenças, perecíveis. Essa massa podre é destruída. Verdadeiramente, a vida termina na morte.

149. Quão abóboras vazias no outono são esses ossos secos. Que prazer há em olhar para eles?

150. Este corpo é uma cidadela feita de ossos cobertos de carne e sangue, onde são armazenados o envelhecimento e a morte, o orgulho e o engano.

151. Até as luxuosas carruagens reais envelhecem. O corpo também envelhece. Mas o ensino do bem nunca envelhece. Assim, o bem permanece entre os bons.

152. Quem aprende pouco cresce como um boi; Cresce em carne, mas não em sabedoria.

153. Durante muitas vidas errei no samsara buscando, mas não encontrando, o construtor da casa. Sofrimento total neste retorno e renascimento.

154. Oh, construtor da casa! Agora eu percebi você. Você não vai construir esta casa novamente. Todas as vigas foram quebradas. O apoio central foi aniquilado. Minha mente chegou ao incondicionado.
Ao alcançá-lo, representa o fim do apego.

155. Não tendo vivido a vida nobre, não tendo adquirido tanta riqueza em sua juventude, esses homens desmaiam como velhas garças em um lago sem peixes.

156. Aqueles que não observaram a Vida Santa, que em sua juventude não adquiriram tesouros, tornam-se arcos inúteis, olhando para o passado.


Capítulo 12: Autocontrole

157. Se alguém se aprecia, deve se proteger bem. O homem sábio permanece atento em cada uma das três vigílias.

158. Coloque-se em primeiro lugar no que for apropriado antes de aconselhar os outros. Agindo dessa maneira, o homem sábio não cairá em desuso.

159. Ao aconselhar os outros, ele deve agir por si mesmo. Bien controlado él mismo, puede guiar a los otros.
Verdaderamente es difícil controlarse a uno mismo.

160. Uno mismo es su propio refugio. ¡Qué otro refugio podría haber! Habiéndose controlado a uno mismo, se obtiene un refugio difícil de conseguir.

161. Por uno mismo es hecho el mal; en uno mismo nace y uno mismo lo causa. El mal muele al necio como el
diamante muele la dura gema.

162. La corrupción que sobrepasa al hombre es como la enredadera maluva estrangulando al árbol sala y lo convierte en aquello que para él desearía su propio enemigo.

163. De fácil ejecución son las cosas nocivas y dañinas. Lo bueno y beneficioso es verdaderamente difícil de hacer.

164. El hombre estúpido que, por su falsa visión, desprecia las enseñanzas de los Iluminados, los Nobles y los Rectos, cultiva frutos que, como le sucede al kashta, producen su propia destrucción .

165. Por uno mismo se hace el mal y uno mismo se contamina. Por uno mismo se deja de hacer el mal y uno mismo se purifica. La pureza y la impureza dependen de uno mismo. Nadie puede purificar a otro.

166. Por buscar el logro (espiritual) de los otros, no obstante, no debe uno ser negligente en la búsqueda del propio logro. Percibiendo claramente la propia meta, permita que otro intente su propio resultado.


Capítulo 13: El mundo

167. ¡No persigáis cosas mezquinas! ¡No viváis en la negligencia! ¡No abracéis falsos puntos de vista! ¡No apoyéis el mundo! (al prolongar el ciclo de la existencia y la continuidad : samsara).

168. ¡Despertaos! Nunca seáis negligentes. Seguid la ley de la virtud. El que practica la virtud vive felizmente en este mundo y en el próximo.

169. Seguid el sendero de la virtud y no el del mal. El que practica la virtud vive felizmente en este mundo y en el próximo.

170. Si uno percibe el mundo como una burbuja de espuma y como un espejismo, a ese no lo ve el Dios de la Muerte.

171. ¡Venid, contemplad este mundo adornado como un carro real donde los necios están inmersos! Pero para los sabios no existe ningún apego hacia aquél.

172. Pero el que antes era necio y después no, ese tal es como cuando la luna ilumina la tierra liberándose de las nubes.

173. Aquel cuyas buenas acciones superan las malas, ilumina este mundo como la luna emergiendo de las nubes.

174. Este mundo está ciego. Solamente unos pocos aquí pueden ver con claridad. Tan solo unos pocos van a un reino divino, como pájaros liberados de las redes.

175. Volando, los cisnes siguen el sendero del sol. Los hombres surcan el aire por poderes psíquicos. Los sabios se apartan de este mundo, habiendo conquistado a Mara y sus huestes.

176. No hay mal que no pueda hacer un mentiroso que haya transgredido la única Ley y que se muestra indiferente al mundo de más allá.

177. Verdaderamente los míseros no irán al reino celestial. Los necios no alcanzarán, por supuesto, la liberación. Los hombres sabios se regocijan en la generosidad y van a un reino más feliz .

178. Mejor que el poder sobre todo lo terreno, mejor que habitar en los cielos, mejor que el dominio sobre los vastos mundos, es el fruto del Vencedor de lo Ilusorio.


Capítulo 14: El Buda
179. Quien conquista la pasión, no vuelve a ser derrotado; ¿qué podría perturbar al Buda omnisciente, libre de cualquier pasión y cuyo camino conduce a él ?

180. Él, en quien no hay enredo, liberado de la avidez que hace renacer, ¿qué podría perturbar al Buda omnisciente y cuyo camino conduce a él?

181. Los sabios se adiestran en la meditación y se deleitan en la paz de la renuncia; tales Budas de mente perfecta incluso por los dioses son muy queridos.

182. Raro es el nacimiento como un ser humano. Difícil es la vida de los mortales. Extraño es escuchar la Sublime Enseñanza. Rara es la aparición de los Budas.

183. El abandono del mal, el cultivo del bien y la purificación de la mente: tal es la enseñanza de los Budas.

184. La paciencia y la tolerancia son la más alta ascesis. Los Budas proclaman que el Nibbana es el supremo. No es un renunciante ni un asceta el que agrede a los otros.

185. No reprochar, no hacer ningún daño, practicar la moderación según los preceptos fundamentales, ser moderado en la alimentación, residir en la soledad, aplicarse uno mismo a la concentración mental elevada, tal es la enseñanza de los Budas.

186-187. Ni un torrente de monedas de oro hace la felicidad levantando placeres sensuales. De pequeñas dulzuras y penas son los placeres sensuales. Conociendo esto, el hombre sabio no encuentra felicidad ni siquiera en placeres celestiales. El discípulo del Todo Iluminado se deleita en la aniquilación del apego.

188-189. Conducidos por el miedo, los hombres acuden a muchos refugios, a montañas, bosques, grutas, árboles y temples. Tales, empero, no son refugios seguros. Acudiendo a estos refugios, uno no se libera del dolor.

190-191-192. Pero aquel que toma refugio en el Buda, la Enseñanza y la Orden y ve con recta comprensión las Cuatro Nobles Verdades; tal es en realidad el refugio seguro; ése es en verdad el refugio supremo. Recurriendo a este refugio, uno se libera de todo sufrimiento.

193. Difícil es hallar al hombre de gran sabiduría: tal hombre no nace en cualquier parte. Cuando nace un hombre así, que la familia se sienta muy dichosa.

194. Feliz es el nacimiento de los Budas; feliz es la Enseñanza de la Doctrina sublime; feliz es la unidad de la Orden; feliz es la vida austera de los unidos.

195-196. Qué valiosa es la reverencia de aquel que reverencia al Buda y sus discípulos; éstos han superado los impedimentos y se han liberado de la pena y la lamentación. El mérito de quien reverencia a tales hombres pacíficos y sin miedo por nadie ni nada puede ser medido.


Capítulo 15: Felicidad

197. Verdaderamente felices vivimos sin odio entre los que odian. Entre seres que odian, vivamos sin odio.

198. Felices vivimos con buena salud entre los que están enfermos. Entre los que están enfermos, vivamos con buena salud.

199. Vivimos felices sin ansia entre aquellos que ansían. Entre aquellos que ansían, vivamos sin ansiar.

200. Felices vivimos porque no tenemos impedimentos. Llenémonos de gozo como dioses en la Esfera Radiante.

201. La victoria engendra enemistad. Los vencidos viven en la infelicidad. Renunciando tanto a la victoria como a la derrota, los pacíficos viven felices.

202. No hay fuego como el deseo; no hay mal como el odio; no hay nada más enfermo que el cuerpo; no hay mayor felicidad que la paz del Nibbana .

203. El hambre es la mayor aflicción; los agregados (cuerpo-mente) representan la mayor enfermedad. Percibiendo esta realidad, se alcanza el Nibbana, la dicha suprema.

204. La salud es la más alta posesión. El contento es el mayor tesoro. Un amigo de confianza es el mejor pariente. Nibbana es la más alta bendición.

205. Habiendo experimentado el saber de la soledad y de la quietud, libre de angustia y de atadura, se absorbe en el saber del gozo de la Doctrina .

206. Saludable es la visión de los Nobles; su compañía siempre resulta dichosa. No viendo a necios, uno permanecería siempre feliz.

207. Verdaderamente, quien permanece en compañía de necios se atribula durante mucho tiempo. La asociación con necios es incluso tan penosa como con un enemigo. Feliz es la compañía con un sabio, incluso tanto como el encuentro con un pariente.

208. Si hallas un hombre inteligente, sabio, con conocimiento, consistente, responsable y noble, con un hombre tal, virtuoso e inteligente, debe uno asociarse, como sigue la luna el sendero de las estrellas.


Capítulo 16: Apego

209. Aquel que se aplica a lo que debe ser evitado y no se aplica a lo que debe ser obtenido y abandona su b squeda, aboc ndose a los placeres, envidiar al que ha procedido de modo contrario.

210. No identificarse con lo que es agradable ni identificarse con lo que es desagradable; no mirar a lo que es placentero ni a lo que es displacentero, porque en ambos lados hay dolor.

211. Evita la identificaci n con lo querido, porque la separaci n de ello representa dolor; las ataduras no existen para aquel que no hace diferencias entre querido y no querido.

212. Del placer nace el sufrimiento; del placer nace el miedo. Para aquel totalmente libre de placer no hay dolor, y mucho menos miedo.

213. Del deseo surge el dolor; del deseo surge el miedo. Para aquel que est libre de deseo ni hay dolor ni mucho menos miedo.

214. Del apego surge el sufrimiento; del apego surge el miedo. Para aquel que est libre de apego ni hay dolor ni mucho menos miedo.

215. De la avidez surge el sufrimiento; de la avidez surge el miedo. Para aquel que est libre de avidez ni hay dolor ni mucho menos miedo.

216. Del aferramiento surge el sufrimiento; del aferramiento surge el miedo. Para aquel que esta libre de aferramiento ni hay dolor ni mucho menos miedo.

217. El que es perfecto en virtud y Visi n Cabal est establecido en la Doctrina, dice la verdad y cumple su deber y es venerado por la gente.

218. El que ha desarrollado el anhelo por lo Incondicionado tiene la mente motivada y no condicionada por los placeres materiales, es denominado uno que No-retorna.

219. Un hombre ausente por largo tiempo y que vuelve estando a salvo, recibe la mejor bienvenida de sus parientes y amigos.

220. Del mismo modo, los buenos actos que se efect an en esta existencia recibir n la mejor bienvenida en la pr xima, como el vecino recibe al ser querido que vuelve.


Cap tulo 17: Ira

221. Uno debe liberarse del odio. Uno debe abandonar el orgullo. Uno debe despojarse de todas las ataduras. El sufrimiento no toma al que controla la mente, el cuerpo y sus pasiones.

222. A aquel que refrena el enfado que surge, de la misma manera que el que controla una cuadriga tambaleante, a se llamo yo conductor. Los dem s aguantan meramente las riendas .

223. Conquista al hombre airado mediante el amor; conquista al hombre de mala voluntad mediante la bondad; conquista al avaro mediante la generosidad; conquista al mentiroso mediante la verdad.

224. Uno debe decir la verdad y no ceder a la ira; si nos piden, hay que dar, aunque se posea poco; por medio de estas tres cosas, uno se hace merecedor de ir a la presencia de los dieses.

225. Aquellos sabios que son inofensivos y siempre se controlan corporalmente van a un estado sin muerte, donde residen sin ning n sufrimiento .

226. Se destruyen todas las contaminaciones de aquellos que siempre est n vigilantes, que se autodisciplinan d ay noche y que se esfuerzan totalmente en alcanzar el Nibbana.

227. El que sigue es un hecho de siempre, Atula: culpan al que permanece en silencio, culpan al que habla mucho y culpan al que habla moderadamente. No dejan a nadie en el mundo sin culpar.

228. No hubo nunca, ni habr, ni hay ahora nadie, que pueda encontrarse en este mundo que deje de culpar o elogiar a otros.

229. La sabiduría brota en aquel que se examina día a día, cuya vida es intachable, inteligente, arropado con el conocimiento y la virtud.

230. ¿Quién podría culpar al que es como una pieza de refinado oro ? Incluso los dioses lo elogian; aun Brahma lo elogia.

231. Uno debe refrenar la mala conducta del cuerpo y controlarlo. Abandonando la mala conducta del cuerpo, uno debe adiestrarse en su buena conducta.

232. Uno debe refrenar la mala conducta del habla y controlarla. Abandonando la mala conducta del habla, uno debe adiestrarse en su buena conducta.

233. Uno debe refrenar la mala conducta de la mente y controlarla. Abandonando la mala conducta de la mente, uno debe adiestrarse en su buena conducta.

234. Los sabios se controlan en actos, en palabras y en pensamientos. Verdaderamente se controlan bien.


Capítulo 18: Impurezas

235. Como una amarillenta hoja eres tú ahora. Los mensajeros de la muerte te esperan. Te hallas en el umbral de la decadencia. ¿Dispones de provisiones ?

236. Haz una isla de ti mismo. Esfuérzate enseguida; conviértete en sabio. Purificado de contaminaciones y sin pasiones, penetrarás en el celestial estado de los Nobles.

237. Tu vida puede acabarse ahora. La presencia de la muerte está aquí. No hay lugar para detenerse en el camino. ¿Dispones de provisiones ?

238. Haz una isla de ti mismo. Esfuérzate sin demora; conviértete en sabio. Purificado de impurezas y sin pasión, te liberarás del próximo nacimiento de la ancianidad.

239. Gradualmente, poco a poco, de uno a otro instante, el sabio elimina sus propias impurezas como un fundidor elimina la escoria de la plata.

240. Al igual que el óxido surgido del hierro acaba comiéndose a sí mismo, así los actos conducen al malhechor a un estado lamentable.

241. La no-recitación es el óxido de los encantamientos; la falta de reparación es el óxido en las casas, como la falta de cuidado lo es de la belleza y la negligencia de la vigilancia.

242. T · conducta inadecuada es la falta de la mujer. La ruindad es la falta en el donante. Las acciones incorrectas son la falta tanto en este mundo como en el próximo.

243. Mas la peor de las faltas es la ignorancia; es la más grande. Abandonando las faltas, permanece sin mancilla, oh monje.

244. Fácil es la vida de un sinvergüenza que, con la osadía de un cuervo, es calumniador, impertinente, arrogante e impuro.

245. Difícil es la vida de un hombre modesto que siempre busca la pureza, que es desapegado, humilde, cuya manera de vivir es limpia y reflexiva.

246-247. Cualquiera que destruya la vida, diga mentiras, hurte, vaya en búsqueda de las mujeres de los otros, y sea adicto a los licores y tóxicos, en esta misma vida arrancará su propia raíz (felicidad).

248. Sepa entonces, ¡oh, buen hombre!, «no de fácil control son las cosas perniciosas». No dejes que el deseo y el odio te arrastren por el camino del sufrimiento durante largo tiempo.

249. La gente da de acuerdo con su bondad y como le place. Si uno está envidioso de comida o de bebida de los otros, no podrá hallar la paz ni de noche ni de día.

250. Pero el que supera este sentimiento por complete, lo somete y lo destruye, obtiene paz de día y de noche.

251. No hay fuego como el deseo; no hay atadura como el odio; no hay red como la ilusión; no hay río como la avidez.

252. Fácil es ver los fallos de los demás, pero los propios fallos son difíciles de ver. Uno aventa, como la paja, los fallos de los demás, pero esconde los propios como el cazador se esconde a sí mismo.

253. Fácilmente, las personas ven las faltas en los otros, pero difícilmente en sí mismas. Como paja diseminada al viento, difunde uno las faltas de los otros, mientras esconde las propias como camufla sus
dados el hábil jugador.

254. El que ve las faltas de los otros y se irrita, en ese crecen las mancillas. Está lejos de poder destruir esas mancillas.

255. No hay senda en el cielo. Debe el Santo hallar la suya. La Humanidad se recrea en los impedimentos (obstáculos)* Los Budas están libres de impedimentos.


Capítulo 19: El justo

256. Aquel que decide un caso con parcialidad no es justo. El sabio debe investigar imparcialmente tanto lo correcto como lo incorrecto.

257. Está establecido verdaderamente en la buena ley aquel sabio que, guiado por ella, decide lo justo y lo injusto con imparcialidad.

258. No se vuelve uno sabio tan sólo con hablar mucho. Aquel que es apacible, libre de odio y miedo (y no
causa miedo), es llamado un hombre sabio.

259. No está uno versado en la Doctrina por hablar mucho. Aquel que habiendo escuchado la Doctrina no la ignora y la observa, ese tal es uno versado en la Doctrina.

260. No se es un Thera (venerable) únicamente porque se tenga el cabello canoso. Ese tal puede ser sólo maduro en edad, y de él se dirá que «es un hombre que ha envejecido en balde».

261. En aquel que hay verdad, perfecto comportamiento, no violencia, abstinencia y autocontrol, ese sabio que ha descartado las impurezas, sí es llamado un venerable.

262. Si un hombre es celoso, avaro y mentiroso, no es a través de las meras palabras, el aspecto y la belleza como se volverá un hombre de buena voluntad.

263. Pero el que ha superado y eliminado esas contaminaciones y se ha convertido en un hombre sabio, liberado de odio, ése, por supuesto, es un hombre de buena voluntad.

264. No por afeitarse la cabeza, un hombre indisciplinado y mentiroso se vuelve un asceta. ¿Cómo podría ser un asceta si está lleno de anhelo y deseo ?

265. El que logra sojuzgar todo mal, pequeño o grande, ése es un monje, porque ha superado todo mal.

266. No es meramente un monje el que vive de la caridad de los otros, sino aquel que observa el código de conducta y por ello se hace merecedor de tal condición.

267. El que ha trascendido tanto el mérito como el demérito, que sigue la noble vida pura y vive con comprensión en este mundo, a ése verdaderamente se le denomina monje.

268. Observando (voto de) silencio, el hombre no educado y necio no se vuelve un sabio. Pero el hombre sabio que, como si sostuviera una báscula, escoge lo que es bueno y descarta lo malo, es un verdadero sabio.

269. Por esta misma razón es un sabio. El que comprende el mundo (su naturaleza) por dentro y por fuera, es llamado un sabio.

270. No es un hombre noble, un santo, si daña seres sintientes. El que cultiva el amor benevolente hacia todos los seres es llamado noble .

271-272. No es sólo por la mera moralidad y la austeridad, ni por la erudición, ni por el desarrollo mental de la concentración, ni viviendo en retire, ni pensando «gozo de la bendición de la renuncia negada a las personas mundanas», como uno debe sentirse satisfecho, sino que el monje debe conseguir la extinción de todas las contaminaciones .


Capítulo 20: La Senda

273. De los Senderos, el Octuple Sendero es el mejor. De las Verdades, las Cuatro Nobles Verdades. El Desapego es el mejor de los estados mentales, Y de los hombres, el hombre de visión clara.

274. Únicamente, éste es el Sendero. No hay otro para la purificación de la visión. Seguid este Sendero y confundiréis a Mara.

275. Siguiendo este Sendero, pondréis fin al sufrimiento. Habiendo yo aprendido el proceso de arrancar la flecha del deseo, proclamo este Sendero .

276. Vosotros mismos tenéis que esforzaros. Budas sólo son los que indican el camino. Aquellos que entran en el Sendero y cultivan la meditación se liberan de las garras de Mara.

277. “Todos los fenómenos condicionados son impermanentes.” Cuando uno comprende esto con sabiduría,
entonces uno se hastía de tal insatisfactoriedad. Éste es el Sendero de la purificación.

278. «Todos los fenómenos condicionados están sujetos al sufrimiento.» Cuando uno comprende esto con
sabiduría, se hastía de tal insatisfactoriedad. Este es el Sendero de la purificación.

279. “Todos los fenómenos condicionados son impersonales.” Cuando uno comprende esto con sabiduría, entonces uno se hastía de tal insatisfactoriedad. Éste es el Sendero de la purificación .

280. El que no se esfuerza cuando es el memento de esforzarse; el que, aún joven y fuerte, es indolente;el que es bajo en mente y pensamiento, y perezoso, ese vago jamás encuentra el Sendero hacia la
sabiduría.

281. Vigilante del habla y bien controlado en mente, que no haga mal con el cuerpo; que purifique esas tres vías de acción y alcance el sendero mostrado por los Sabios.

282. Verdaderamente, de la meditación brota la sabiduría. Sin meditación, la sabiduría mengua. Conociendo el doble camino de la ganancia y la pérdida, debe conducirse uno mismo de manera tal que
pueda aumentar la sabiduría.

283. Devasta el bosque de las pasiones. Desde el bosque de las pasiones emerge el miedo. Devastando el
bosque y la maleza de las pasiones, permaneced, oh monjes, libres de éstas.

284. Aun el mínimo deseo del hombre hacia la mujer, si no es aniquilado, atará mucho tiempo su mente, como el becerro a su madre la vaca.

285. Elimina tu arrogancia como se arranca la lila en otoño. Cultiva el Sendero de la paz. El Nibbana ha sido mostrado por el Iluminado.

286. Aquí viviré en la estación de las lluvias; aquí viviré en el otoño y en el invierno: así proyecta el necio. No se da cuenta del peligro de muerte .

287. La muerte alcanza y se lleva a aquel cuya mente está anclada en sus hijos y rebaños, como un gran río anega a un pueblo mientras duerme .

288. Los hijos no ofrecen ninguna protección, ni el padre, ni los parientes. Para aquel que está agarrado por la muerte, no puede haber refugio en ningún pariente.

289. Comprendiendo este hecho, que el hombre sabio, refrenado por la moralidad, aclare rápidamente el Sendero que conduce al Nibbana.


Cap tulo 21: Miscel nea

290. Si al renunciar a una peque a felicidad se vislumbra una felicidad mayor, entonces que el hombre sabio renuncie a la felicidad m s peque a en vista de la felicidad mayor.

291. Aquel que desea su propia felicidad causando sufrimiento a los otros, no est liberado del odio, puesto que l mismo est apresado en las redes del odio.

292. Lo que deber a hacerse, no se hace. Lo que no deber a hacerse, se hace: las impurezas, los impulses contaminantes de tales personas, arrogantes y negligentes, crecen.

293. Aquellos que siempre persisten en la pr ctica de la atenci n sobre el cuerpo, y no hacen lo que no debe hacerse, y constantemente hacen lo que debe hacerse, esos atentos y reflexivos ponen t rminos a las corrupciones.

294. Habiendo eliminado a la madre (avidez)y al padre (orgullo)ya los dos reyes (infinitismo y nihilismo), y habiendo destruido a un reino y sus habitantes (apego), uno se convierte en un iluminado.

295. Habiendo eliminado a la madre y al padre ya los dos reyes, y habiendo destruido el peligroso sendero (de los deseos sensoriales), se marcha sin dolor hacia el estado de iluminado.

296. Bien alertas se mantienen los disc pulos del Buda, y tanto de d a como de noche siempre recuerdan al Buda.

297. Bien alertas se mantienen los disc pulos del Buda, y tanto de d a como de noche siempre recuerdan la Doctrina.

298. Bien alertas y atentos se mantienen los disc pulos del Buda, y tanto de d a como de noche siempre recuerdan la Orden.

299. Bien alertas y atentos se mantienen los disc pulos del Buda, y tanto de d a como de noche siempre est n vigilantes a las sensaciones del cuerpo.

300. Bien alertas y atentos se mantienen los disc pulos del Buda, y tanto de d a como de noche se deleitan en no hacer da o.

301. Bien alertas y atentos se mantienen los disc pulos del Buda, y tanto de d a como de noche se deleitan en la meditaci n.

302. Dif cil es renunciar; dif cil es gozar. Dif cil y penosa es la vida familiar. Penosa es la asociaci n con los que nos son incompatibles. Penosa es la larga ruta del samsara. Para evitarla, no persigas el mal.

303. El que est lleno de confianza y virtud, posee gloria y riqueza y es honrado dondequiera que est o dondequiera que vaya.

304. Incluso desde un lugar tan lejano como las monta as del Himalaya, los buenos relucen. Pero los malevolentes, aunque cercanos, son invisibles, como las flechas lanzadas en la noche.

305. Aquel que se sienta solo, descansa solo, pasea solo, se autocontrola en soledad, hallar dicha en el bosque.


Cap tulo 22: La desgracia

306. El que no dice la verdad, va a un estado totalmente desgraciado, y tambi n el que habiendo hecho algo dice que no lo hizo. Ambos, por igual, despu s de la muerte pagar n sus acciones en otro mundo.

307. Muchos que visten la t nica amarilla son de mala disposici ny descontrolados. Debido a la suma de sus perversas acciones, nacer n en un estado desgraciado.

308. M s valdr a que el perverso se tragase una bola de acero candente como una llama de fuego, que ser
inmoral y descontrolada persona tomando las limosnas que le ofrecen las gentes.

309. Cuatro calamidades se precipitan sobre el hombre negligente que se asocia con mujeres de otros: la adquisición de deméritos, pérdida de sueño, sentimiento de culpa y un estado de lamentación .

310. Hay adquisición de deméritos lo mismo que hay un buen y un mal destino. Breve es la alegría del hombre y la mujer asustados. El Rey impone un grave castigo. Ningún hombre debe frecuentar a la mujer de otro .

311. De la misma manera que una brizna de hierba kusa mal cogida con la mano la corta, así la vida de un asceta mal enfocada le conduce a un estado de desgracia.

312. Cuando lo que debe ser hecho no es hecho, hay práctica corrupta y la vida santa es dudosa, no sobreviene ningún fruto.

313. Si algo debe ser hecho, uno debe hacerlo. Uno debe ir ascendiendo con firmeza, liberándose de los extremes.

314. Es mejor evitar hacer la mala acción, porque ésta es seguida por el remordimiento; mejor hacer la buena acción, tras la cual no se produce ningún estado de lamentación.

315. Como una ciudad fronteriza, bien custodiada por dentro y por fuera, guárdese uno a sí mismo. Que no descuide la oportunidad; para aquellos que descuidan la oportunidad, habrá nacimiento en un doloroso estado.

316. Aquellos que se avergüenzan cuando no deberían avergonzarse y que no se avergüenzan cuando deberían hacerlo, están condicionados por equivocados puntos de vista y se conducen hacia un estado de dolor.

317. Aquellos que temen lo que no debe ser temido y no temen lo que debe ser temido, están condicionados por equivocados puntos de vista y se conducen hacia un estado de dolor.

318. Imaginan como equivocado lo que no es equivocado y como no equivocado lo que sí lo es: seres que mantienen tales falsos puntos de vista se desploman en un estado de dolor.

319. Conociendo lo equivocado como equivocado y lo acertado como acertado: esos seres, adoptando la visión correcta, alcanzan un estado de felicidad.


Capítulo 23: El elefante

320. De la misma manera que un elefante en el campo de batalla soporta la flecha que se le lanza desde un arco, así uno debe soportar las abusivas palabras que se le dirijan. Verdaderamente, la mayoría de los hombres poseen una naturaleza enferma.

321. Llevan a una asamblea elefantes entrenados. El rey monta el animal entrenado. Los mejores entrenados entre los hombres son los que resisten el abuse.

322. Excelentes son las mulas entrenadas, así como los briosos corceles del Sind y los nobles y sólidos elefantes; pero mucho mejor es el que se ha ejercitado a sí mismo.

323. Seguramente, jamás con tales vehículos se alcanzará el Nibbana, sino controlándose a través del sometimiento y el autoentrenamiento.

324. El incontrolable elefante Dhanapalaka, cuando está en cautiverio, no come, porque recuerda al elefante del bosque.

325. El estúpido, cuando es torpe, glotón, perezoso y se enfanga como un cerdo en la pocilga, renacerá una y otra vez.

326. Previamente, esta mente vagaba donde le placía, como a ella se le antojaba. Hoy, con sabiduría, yo la controlaré como el conductor controla el elefante en ruta.

327. Gozar de la atención pura, vigilad vuestras mentes, salid del fango de las pasiones como lo conseguiría un elefante hundido en el fango.

328. Si encontráis un amigo inteligente (quien es apropiado) para acompañaros, de buena conducta y prudente, en tal caso vivid con él felizmente y vigilantes, venciendo todos los obstáculos.

329. Si no encontráis un amigo inteligente para acompañaros, de buena conducta y sagaz, entonces vivid solos como el rey que ha renunciado al país conquistado, o como un elefante que se pasea a voluntad por el bosque.

330. Es mejor vivir solo; no hay amistad con un necio. Que uno viva solo, evitando todo mal, estando libre de preocupaciones, como un elefante paseándose solo por el bosque.

331. Es deseable tener amigos cuando surge una necesidad; feliz aquel que está contento con cualquier cosa que haya; el mérito obtenido es agradable (consolador) cuando el fin de la vida se avecina; feliz es el abandono de todos los sufrimientos .

332. En este mundo proporciona felicidad atender a la madre; felicidad atender al padre; felicidad atender a los ascetas, y felicidad, también, atender a los Nobles.

333. Feliz es la virtud milenaria; feliz es la confianza bien establecida; feliz es la adquisición de la sabiduría; feliz es la abstención del mal.


Capítulo 24: Avidez

334. Los deseos de un hombre negligente crecen como la enredadera maluva. El corre de aquí para allá (de una a otra vida) como un mono en el bosque buscando la fruta.

335. Quienquiera que en este mundo es vencido por el vasto deseo, el apego, sus penas crecerán como la hierba birana después de haber llovido.

336. Pero quienquiera que en este mundo vence el vasto deseo, tan difícil de doblegar, sus penas le abandonarán como el agua se desliza por la hoja del loto.

337. Yo declaro esto: ¡Afortunados los que os habéis reunido aquí! Cortad las raíces de la avidez como el que corta la dulce raíz de la birana. No seáis como el junco, al que Mara arrasa una y otra vez.

338. De la misma forma que un árbol cortado crece de nuevo si sus raíces están firmes e intactas, de igual modo, cuando permanecen las raíces del deseo sin haber sido destruidas, el sufrimiento surge una y otra vez.

339. Las treinta y seis corrientes del deseo que arrastran hacia el placer vigorosamente, encadenan a la persona de mente ofuscada, llevándola tras el torrencial apego.

340. Las corrientes (del deseo) fluyen por todas partes. Sus raíces retoñan y se desarrollan. Contemplando cómo retoñan, hay que cortar esas raíces con la sabiduría.

341. En los seres surgen los placeres y son saturados por la avidez. Inclinados hacia la felicidad, buscan la felicidad. Verdaderamente, tales hombres nacerán y decaerán.

342. Acorralados por la avidez, están aterrados como liebres cautivas. Encadenados por grilletes, hallarán sufrimiento una y otra vez por mucho tiempo.

343. Los seres humanos atrapados en el deseo sienten el mismo terror que una liebre atrapada en el cepo. Por ello, que abandone el deseo aquel monje que desea el desapego.

344. Quienquiera que, liberado del deseo, encuentra disfrute en el bosque, pero más adelante es tentado por el deseo y vuelve a casa, tal hombre, ¡cotempladlo!, era libre y ha vuelto a la esclavitud.

345, Aquello que es fuerte no es la atadura hecha de hierro, madera o cuerda, sino el apego a piedras preciosas y adornos, el anhelo de mujer e hijos, tal es la gran atadura.

346. La atadura es fuerte, dicen los sabios. Pero incluso esta atadura que amarra a los seres -que se afloja, pero tan difícil es de cortar totalmente-, los sabios acaban cortándola definitivamente y, abandonando los placeres de los sentidos, libres de anhelos, renuncian.

347. Aquellos que están infatuados con la codicia penetran en una corriente que les atrapa como la tela que la araña ha tejido de sí misma. Por esta razón, el sabio corta con todo ello y se aleja abandonando toda tribulación.

348. Abandonad el apego al pasado; abandonad el apego al futuro; abandonad el apego al presente. Cruzando a la otra orilla del devenir, la mente, liberada por todas partes, no retornaréis al nacimiento y el envejecimiento.

349. El que se perturba con perversos pensamientos, que es excesivamente ávido, que se recrea en pensamientos de apego y aumenta más y más la avidez, hace cada vez más sólidos los grilletes de Mara.

350. El que se recrea en someter los males pensamientos, medita en las impurezas del cuerpo, permanece muy atento y se esfuerza por superar la avidez, él se libera de los grilletes de Mara.

351. El que ha alcanzado la meta, sin miedo, permanece sin avidez, desapasionado, ha eliminado las espinas de la vida. Este es su último renacimiento .

352. El que permanece sin avidez ni aferramiento, y es sagaz en la etimología y los términos, y conoce los grupos de letras y sus secuencias, está llamado a vivir su último renacimiento, siendo un gran hombre de profunda sabiduría.

353. Yo todo lo he dominado, todo lo conozco. De todo me he desapegado. A todo he renunciado. He destruido totalmente toda avidez. Habiendo comprendido todo por mí mismo, ¿a quién llamaré mi maestro?

354. El regale de la Verdad es más excelso que cualquier otro regale. El saber de la Verdad es más excelso que cualquier otro saber. El placer de la Verdad es más excelso que cualquier otro placer. El que ha destruido la avidez, ha superado todo sufrimiento.

355. La riqueza arruina al necio, que no busca el Nibbana. Por culpa del aferramiento a las riquezas, los hombres ignorantes se arruinan a sí mismos ya los otros.

356. La cizaña daña los campos como la avidez a la humanidad. Por lo tanto, cuando se produce sin avidez, los frutos son abundantes.

357. La cizaña daña los campos como el odio daña a la humanidad. El que se desembaraza del odio, produce abundantes frutos.

358. La cizaña daña los campos como la ignorancia a la humanidad. Por lo tanto, el que se desembaraza de
la ignorancia, produce abundantes frutos.

359. La cizaña daña los campos como la codicia daña a la humanidad. Por lo tanto, el que se desembaraza de la codicia, produce abundantes frutos.


Capítulo 25: El monje

360. Refrenar el ojo es bueno. Refrenar el oído es bueno. Refrenar la nariz es bueno. Refrenar la lengua es bueno.

361. Refrenar el cuerpo es bueno. Refrenar la palabra es bueno. Refrenar la mente es bueno. El control general es bueno. El monje que se controla completamente es liberado de todo dolor.

362. Aquel que se controla en mano, en pie y en habla, poseyendo el más alto control, gozando interiormente, dominado, solo, contento, ése es llamado monje.

363. Dulces son las palabras del monje que ha amaestrado su lengua, que se expresa con sabiduría, que no es petulante y que expone el significado del texto.

364. Que el monje more en la Doctrina, que se deleite en la Doctrina, que medite en la Doctrina, que recuerde bien la Doctrina, que no se extravíe de la sublime Doctrina.

365. Uno no debe despreciar lo que uno ha recibido, no debe envidiar lo de los otros. El monje que envidia a los otros no alcanza la calma mental.

366. Aunque reciba muy poco, el monje no lo desprecia, e incluso los dioses veneran a ese de vida pura y esforzada.

367. El que no piensa yo y m o con respecto a su mente ya su cuerpo, y que no se tribula por lo que
es o no es, se, por supuesto, es denominado un monje.

368. El monje que permanece en el amor benevolente, que goza en la Doctrina, alcanza el Nibbana, que es la superaci n de todos los fen menos condicionados.

369. Vac a, oh monje, esta barca (de la vida). Vaciada por ti, se mover con celeridad. Eliminando la avidez y las pasiones, viajar s hacia el Nibbana.

370. Lib rate de cinco cosas, rechaza cinco cosas, cultiva cinco cosas. El monje que va m s all de las cinco ataduras es denominado El que cruza de la corriente .

371. Medita, oh monje. No seas inatento. No dejes que tu mente se disperse con placeres sensuales. No permanezcas inatento y te dejes consumir como una bola de acero. Abras ndote, no tendr s que gritar:
Esto es sufrimiento.

372. No hay concentraci n para el que no tiene sabidur a; no hay sabidur a para el que no se concentra.
En aquel que hay concentraci ny sabidur a, se verdaderamente est pr ximo al Nibbana .

373. Aquel monje que ha entrado en un lugar vac o, la mente calmada y capaz de ver con Visi n Cabal la Doctrina, consigue la dicha suprema que trasciende la de los hombres.

374. Al contemplar el surgir y desvanecerse de los Agregados (mente-cuerpo), experimenta dicha y felicidad. El que tal percibe, llega al Nibbana.

375. Esto es lo que llega a ser lo principal para un monje: control sensorial, contento, observancia estricta del C digo de Conducta, asociaci n con ben volos y energ ticos amigos que viven con total pureza.

376. Sea cordial en sus maneras y refinado en su conducta; saturado de gran j bilo, lograr poner fin a todo sufrimiento.

377. Como palidecen y caen las flores del jazm n, arrojad fuera y totalmente la avidez y la malevolencia
.

378. El monje que es calmo en cuerpo, calmo en la palabra, calmo en la mente, bien dispuesto y que se ha despojado de las cosas mundanas, es verdaderamente denominado uno en plena paz .

379. Oh, monje!, m rate a ti mismo con ojos cr ticos; exam nate a ti mismo. Cuidando de ti mismo y vigilante, oh, monje!, vivir s felizmente.

380. Uno mismo es su propio protector; uno mismo es su propio refugio. Por lo tanto, que uno mismo se cuide de la misma forma que el vendedor de caballos cuidar al buen caballo.

381. Lleno de alegr a, lleno de confianza en la Ense anza del Buda, el monje obtendr el Estado de Paz, no afectado ante los fen menos condicionados, jubiloso.

382. El monje que mientras es joven se aplica a la Ense anza del Buda, ilumina este mundo como la luna libre de nubes.


Cap tulo 26: El noble

383. Esforzado y resistente, cruza la corriente. Descarta, oh noble, los deseos sensoriales. Conociendo la aniquilaci n de los fen menos condicionados, s, oh noble, un conocedor del Nibbana.

384. Mediante la meditaci ny la Visi n Cabal, el noble alcanza la m s alta Sabidur ay, liber ndose de toda atadura del que sabe, se extingue.

385. Aquel para el que no existe ni esto ni aquello, ni yo ni m o, est alerta y liberado de las pasiones, a se llamo yo un noble.

386. Al que es meditativo, puro y tranquilo, que ha llevado a cabo su deber y est libre de corrupciones, habiendo alcanzado la más Alta Meta, a ése llamo yo noble.

387. El sol brilla de día; la luna brilla de noche; en su armadura brilla el rey guerrero; en la meditación brilla el noble. Pero todo el día y toda la noche brilla el Buda en su esplendor.

388. Porque ha descartado el mal, es llamado noble; porque vive en paz, es llamado monje; porque ha
abandonado las impurezas, es llamado recluso.

389. Nunca debe dañarse a un noble, ni deberá el noble devolver el daño al que se lo ha provocado. Se avergüence aquel que lastime a un noble. Más se avergüence el noble que quiera vengarse .

390. No es pequeña la recompensa del noble que no toma represalias. Cuando la mente es apartada del placer y cesa el intento de dañar, el sufrimiento amaina.

391. El que no comete ningún mal con el cuerpo, la palabra y la mente, el que se autocontrola en estos tres aspectos, a ése llamo yo noble .

392. Reverénciese devotamente a cualquiera que haya comprendido la Doctrina predicada por el Iluminado, como un brahmán reverencia el sacrificio del fuego.

393. No por dejarse el pelo trenzado, ni por el linaje, ni por el nacimiento se vuelve uno un noble, sino aquel que es verdadero y recto, puro, ése es un noble.

394. ¿De qué sirve el pelo trenzado, oh necio ? ¿De qué sirve tu ropa de antílope ? Interiormente estás lleno de pasiones, pero permaneces limpio por fuera.

395. Al hombre que lleva túnica hecha de apaños, que es delgado, de vigorosas venas, que medita solo en
el bosque, a ése llamo yo noble.

396. Yo no llamo merecidamente noble a uno porque ha nacido en tal linaje o de madre brahmín. No puede serlo merecidamente quien no se ha liberado de los impedimentos. El que está libre de impedimentos (mentales), libre de ataduras, a ése llamo noble.

397. El que ha cortado todas las ataduras y no tiembla, el que ha ido más allá de toda atadura y es libre, a ése llamo yo noble.

398. El que ha cortado la correa (de la malevolencia), las riendas (de la codicia) y la cuerda (de las herejías), junto con la erradicación de las tendencias latentes, y ha diluido la ignorancia y es un iluminado, a ése llamo yo noble .

399. El que sin odio padece reproches, golpes y castigos, para quien la paciencia es su arma y poder, a ése llamo yo noble.

400. Quien carece de cólera, pero es firme, virtuoso, libre de avidez, autocontrolado y que éste será su último renacimiento, a ése llamo yo noble .

401. Aquel que como el agua en la hoja del loto, o como el grano de mostaza en la punta de una aguja, no
se agarra a los placeres, a ése llamo yo noble.

402. Al que en esta vida ha efectuado la aniquilación del sufrimiento, que es libre de sus Agregados (cuerpo-mente) y se ha emancipado de las trabas mentales, a ése llamo yo noble.

403. Aquel cuya sabiduría es profunda, que posee la Visión Cabal, adiestrado en conocer cuál es el sendero correcto y cuál el equivocado, que ha alcanzado el final más elevado, a ése llamo yo noble.

404. Quien no intima con los que tienen hogar ni con los que no lo tienen, que libre vagabundea, sin deseos, a ése llamo yo un noble.

405. Aquel que ha dejado de lado el palo de la violencia hacia los seres, débiles o fuertes, que no mata ni causa muerte, a ése llamo yo noble.

406. Aquel que es amigo entre los hostiles, controlado entre los armados, desapegado entre los apegados, a ése llamo yo noble.

407. Aquel cuyo deseo y odio, orgullo e ignorancia han caído como la semilla de mostaza desde la punta
de la aguja, a ése llamo yo noble.

408. Aquel que sólo profiere palabras gentiles, instructivas y veraces, que habla sin ofender a nadie, a ése llamo yo noble.

409. Aquel que en este mundo no coge nada que no le den, sea valioso o sin valor, pequeño o grande, agradable o desagradable, a ése llamo yo noble.

410. Aquel que no tiene anhelos en este mundo ni en el próximo, libre de deseos y emancipado, a ése llamo
yo noble.

411. Aquel que a través del conocimiento, está libre de dudas, y se ha establecido firmemente en el Nibbana, a ése llamo yo noble.

412. Quien ha trascendido las ataduras tanto del mal como del bien, libre de pena, libre de contaminaciones y puro, a ése llamo yo noble.

413. Aquel que está libre de mancha, inmaculado como la luna, puro, absolutamente sereno y claro, que ha
destruido la sed del devenir, a ése llamo yo noble.

414. Quien ha superado la avidez, este dificultoso sendero, el océano de vida, la ignorancia, el que ha cruzado y llegado más allá, que es meditativo, libre de aferramiento y dudas, que a nada se encadena y ha alcanzado el Nibbana, a ése llamo yo noble.

415. El que ha abandonado los deseos sensoriales, ha renunciado a la vida mundana y no tiene hogar, ha destruido todos los deseos sensoriales y devenido libre, a ése llamo yo noble.

416. Aquel que en este mundo ha superado la avidez, renunciando a la vida mundana y viviendo sin hogar,
el que ha destruido la avidez y devenido libre, a ése llamo yo noble.

417. Aquel que ha descartado las ataduras mundanas y celestes, y está completamente liberado de ellas,
a ése llamo yo noble.

418. El que está más allá del placer y el displacer serene, sin manchas, y que ha conquistado sus Agregados (mente-cuerpo), y es tenaz, a ése llamo yo noble.

419. Aquel que conoce el camino de los seres que mueren y renacen, que no se apega, que camina hacia el
Nibbana y se ilumina, a ése llamo yo noble.

420. Aquel cuyo destine ni los dieses ni los semidioses, ni tampoco los hombres conocen, que ha destruido
todas las impurezas y que ha conseguido la meta, a ése llamo yo noble.

421. Aquel que no se agarra a los Agregados, que son pasado, futuro o presente, que permanece sin
encadenarse y sin aferramiento, a ése llamo yo noble.

422. Aquel sin miedo, el noble, el héroe, el gran sabio, el conquistador, sin deseos, el limpio, el iluminado,
a ése llamo yo noble.

423. Aquel sabio que conoce sus vidas previas, que percibe el cielo y el infierno, que ha llegado al final de los nacimientos y que ha alcanzado el Conocimiento Supremo y ha completado su labor viviendo la vida santa, a ése llamo yo noble .

–> Visto en: http://www.oshogulaab.com/BUDA/TEXTOS/budadamapada.htm

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