Plenárias da Convergência - Cúpula dos Povos

  • 2012

Ontem à tarde, a 1ª Assembléia foi realizada no âmbito da Cúpula dos Povos. O objetivo da reunião foi compilar todas as causas estruturais da crise mundial e apontar as falsas soluções sugeridas pelos governos e corporações. A síntese do que foi discutido durante as sessões plenárias realizadas no domingo e na segunda-feira servirá como guia para o documento final da Cúpula.

Sobre a Questão de Direitos (pela justiça social e ambiental) debatida no plenário 1, chegou-se à conclusão de que a privatização de espaços públicos, a cultura hedonista de bens de consumo e o modelo neoliberal são o núcleo do problema estrutural. Bancos e empresas transnacionais usam estrategicamente esses dispositivos para justificar o desenvolvimento baseado no capitalismo e no uso de energia insustentável, que explora demais a natureza.

A plenária 2, que tratava do tema Defesa de bens comuns, contra todas as formas de mercantilização, contou com a participação de 800 pessoas. Antes de começar a postular a síntese do que foi debatido, o público gritou em voz alta o grito de guerra: `` A vida não é vendida! A vida se defende! . Concluiu-se que o modelo urbano e a produção industrial orientada ao consumo, juntamente com o capitalismo, a violência, a concentração de bens e o consumo são problemas estruturais e são n nas veias da sociedade. O racismo, a homofobia e a intolerância religiosa fortalecem o poder do Estado, que por sua vez se baseia nas micro guerras geradas por essa intolerância entre as pequenas cidades.

A saída proposta, então, pelo passo mais alto, seria a Economia Verde, uma solução falsa que serviria apenas para sustentar ainda mais a poder hegemônico das organizações e do Estado, que exercerá o controle sobre os recursos naturais e humanos de maneira cada vez menos sustentável e com vistas à exploração. Para Sandra Quintela, uma das líderes do plenário, a Economia Verde rompe as desigualdades de gênero e ataca o meio ambiente.

As questões de Alimentação, posse e segurança foram discutidas no plenário 3. A estrutura do problema apresentado foi a aliança promovida entre empresas e agronegócios. Empresas que não estão sujeitas a regulamentação séria, que pune as empresas de acordo com as infrações cometidas. Essa falta de escopo da Lei faz com que as empresas se degradem absurdamente e sem limites, pois sabem que suas falhas não receberão as sanções devidas.

Durante a Assembléia, lembrou-se que o modelo do agronegócio é predatório, pois consome grandes quantidades de energia, originárias de combustíveis fósseis, para mantê-lo em funcionamento. E é isso que mais contribui para a crise climática. Tudo isso já é um grande problema, sem contar as doenças dos agrotóxicos, que atingem os trabalhadores e enfraquecem a força de trabalho no campo. Para Claudia Jerônimo, da Guatemala, que falou sobre Segurança Alimentar, a legislação não beneficia os agricultores. "As leis estão mudando em favor das grandes corporações e não em favor dos povos", diz ele.

Na questão das empresas de energia e extrativas, discutida no plenário 4, o sistema capitalista foi designado como o principal inimigo. A lógica econômica diz que é possível superar a crise, mas para isso o capitalismo usa a mercantilização de bens comuns, com a extração maciça de componentes de energia do meio ambiente. Travesti com essa falsa ideia e de progresso e desenvolvimento, o sistema justifica suas ações, baseadas no combate à crise. Por trás de todo esse processo, há um aumento significativo na precariedade das condições de trabalho, um aumento na vulnerabilidade das pessoas e, consequentemente, um aumento no controle sobre a terra. É um sistema que “se opõe a todas as formas de vida da humanidade” denuncia Graça Santo, moçambicano que participou da plenária. E acrescenta: “a troca de tecnologia não é suficiente para resolver a questão ambiental e extrativa, é necessária uma mudança de paradigma. Você precisa mudar o sistema. ”Graça terminou seu discurso sendo aplaudido pela platéia, que gritou junto com ela“ Águas, minas e energia, elas não são mercadorias! ”

A plenária 5 abordou a questão trabalhista. Estiveram presentes mais de 400 pessoas, provenientes de 35 países. Segundo Sara Moreira, que falou sobre esse assunto, a situação em que a obra está localizada é um problema de “natureza estrutural, política, econômica, social, cultural e ambiental” e o principal vilão das condições precárias O trabalho é o capitalismo, segundo ela, "apelando" à causa da crise e baseado na Economia Verde como uma falsa solução para os problemas enfrentados.

Fonte: Adital - www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=ES&langref=ES&cod=68054

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