STOP by Assumpci F bregas i Anglada

  • 2014

Esta tarde me senti inquieta. Algo estava em volta da minha barriga, sem fazer barulho ou sentir dor, mas eu estava vibrando em todos os cantos do corpo, sem saber o porquê, e fiquei perturbado ... Com as coisas que planejava fazer: ir às compras, meio que yoga ... e, de repente, meu desejo por tudo foi retirado.

Como não sabia o que fazer, não fiz nada além de me sentar na cozinha, em silêncio, observando a tarde se desenrolar. O sol se escondeu rapidamente e as luzes da rua responderam à incipiente escuridão com flashes de luz que se intensificavam na claridade, enquanto os carros acendiam os faróis.

Quando a noite chega, a vida e as pessoas empregam seus recursos para seguir em frente, como se seguissem um plano.

Desse modo, implementei a estratégia aprendida nos últimos anos: a observação do que está acontecendo dentro de mim.

Dentro de mim há uma área de escuridão, que me foi apresentada na forma de inquietação. Escuro, não por recusa, mas porque, a priori, não sei os motivos e a mente já me propõe paliativos para resolver o problema e evitá-lo, é claro, como tomar um ibuprofeno, ir para a cama ou se distrair ouvindo música. Mas não presto atenção à mente; Eu já a conheço e a amo. Sim, estamos juntos há tantos anos que, quando ele quer me levar ao seu campo, eu lhe envio um sorriso e continuo com meu plano. Então, continuo sentado em silêncio, olhando pela janela, me observando ... Pouco a pouco, senti uma clareza interior revelada e a vida me falou através do corpo: ummm ... quero fazer um lanche.

A inquietação e eu tomamos uma boa xícara de chocolate quente e um pedaço de panetone que foi deixado ontem no café da manhã com amigos. Mas a inquietação continuou ali, sentindo-se viva, muito viva. Depois de provar a última migalha e lamber bem a colher, eles começaram a desfilar essas palavras dentro do meu peito e um buquê de frases se formou que, com o lápis na mão, eu modelei nessa redação.

E a inquietação ?, você vai me perguntar. Bem, quando as palavras pararam, a inquietação diminuiu até desaparecer, e eu me diluí no momento, me entregando a esse ato de co-criação, onde é mostrado uma nova parte de mim que, como uma criatura recém-nascida, se entrega com confiança à vida.

Como se ele tivesse uma dor de parto de nome inquieto.

Como se a vida usasse esse desconforto para anunciar a chegada de algo que passa por mim e que deve sair de mim, dando-lhe forma, mas, acima de tudo, transformando-a, para que você receba ao ler Neste texto, seja o amor que norteou esse processo de escuta, gestação e nascimento.

Talvez você seja a única razão para o que aconteceu comigo.

E tudo bem.

Assumpci F bregas em Anglada

Dezembro 2013

STOP by Assumpci F bregas i Anglada

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