Em direção ao templo da “1ª e 2ª Conferências” de Annie Besant

  • 2017

PRIMEIRA CONFERÊNCIA DE PURIFICAÇÃO

Se fosse possível nos colocar com o pensamento em um ponto central do espaço, de onde ver o curso da evolução e estudar a história de nossa cadeia planetária, não tanto no aspecto físico, astral e mental dos mundos que o compõem, como se estaríamos representados imaginativamente, acho que, contemplando esse tipo de humanidade evolutiva nesses grupos em evolução , poderíamos formar uma imagem do todo. Vejo uma enorme montanha erguida no espaço, com um caminho que serpenteia ao longo de sua saia até chegar ao cume, percorrendo sete voltas e a cada curva sete estações onde os peregrinos permanecem por um certo tempo e para o qual devem voltar em troca. [1] A trilha circunda a montanha em uma linha espiral e, ao chegar ao cume, leva a um templo magnífico, como mármore branco, que se eleva esplendidamente e brilhando contra o azul etéreo.

Este templo é o objetivo da peregrinação, e aqueles que estão nele já terminaram sua carreira no que diz respeito à subida do monte, e só permanecem lá para ajudar aqueles que ainda estão subindo. Se olharmos mais de perto para o Templo para ver como ele é construído, perceberemos que em seu centro há um Lugar Santíssimo ou Sancta Sanctorum cercado em círculos concêntricos por quatro átrios ou recintos, todos na área do Templo e separados um do outro por um circuito murado, de modo que, para passar de um para outro átrio ou compartimento, o viajante precisa atravessar o único portal em cada circuito.

Então, para chegar ao centro do templo, todos precisam atravessar os quatro portais sucessivos. Mas fora do Templo ainda há outra cerca, o Gabinete Externo, onde há muito mais do que dentro do Templo. Contemplando o templo com seus átrios e o caminho da montanha que desce abaixo, vemos nele uma alegoria da evolução humana. O caminho é o caminho que marca a corrida e seu objetivo é o Templo. Ao longo do caminho que circunda a montanha, você pode ver uma vasta massa de seres humanos, que sobem devagar, passo a passo, às vezes parecendo que a cada passo adiante eles dão outra volta e, embora a massa como um todo seja direcionada para cima, sobe tão lentamente que sua ascensão é quase imperceptível. Essa evolução eônica da raça, sempre em ascensão, é tão lenta, cansada e dolorosa que não se entende como os peregrinos respiram por uma escalada tão prolongada.

Milhões de anos seriam necessários para delinear a estrada ao redor da montanha e muitos outros a seguir os passos de um peregrino que a segue durante esse tempo em uma sucessão interminável de vidas, todas usadas para escalar, para nos cansarmos de contemplar essas inúmeras multidões que tão lentamente eles escalam trepidando para frente e para trás enquanto sobem no caminho em espiral. Por que eles escalam tão devagar? Como é a jornada desses milhões de homens por tanto tempo? Por que eles sempre se esforçam para alcançar o Templo que se eleva no cume? Olhando para eles, parece que eles estão caminhando tão lentamente porque não vêem seu objetivo ou sabem em que direção estão caminhando.

Quando observamos um ou outro no caminho, sempre os vemos desviados, atraídos para lá ou uivados e sem propósito em seu desvio. Eles não seguem em frente como se tivessem iniciado um negócio, mas andam de um lado para o outro, como crianças correndo para pegar uma flor aqui ou caçar uma borboleta ali. Então eles perdem o tempo todo e não avançam muito quando chega o fim da marcha do dia. Olhando para eles, parece que seu lento progresso intelectual também não conseguiu acelerar o ritmo. Os de inteligência mal desenvolvida dormem após cada dia de vida quase no mesmo local em que estavam no dia anterior; e os de inteligência superior também andam muito devagar e mal avançam a cada dia de vida. Ao vê-los se erguerem, nossos corações lamentam e ficamos surpresos que eles não olhem para entender a direção em que o caminho deles leva.

Quanto ao recinto externo que alguns peregrinos da frente alcançaram, não só é alcançado seguindo o caminho em espiral da montanha, mas pode ser alcançado a partir de vários pontos dessa estrada, através de atalhos que em vez de dar a volta na montanha, elas abrem as saias e podem ser atravessadas pelo peregrino de coração corajoso e membros robustos. Ao investigarmos a causa de alguns encontrarem um caminho mais reto do que seus companheiros para chegar ao gabinete externo, vemos que o primeiro passo é sair do caminho espiral dilapidado e ir direto para o gabinete externo, que pode ser alcançada a partir de qualquer ponto da estrada, quando a alma que se volta há milênios reconhece pela primeira vez que sua viagem tem um propósito e até momentaneamente percebe um vislumbre do templo erigido no topo.

Porque este templo alto irradia sua luz através da orla da montanha e, por um momento, se distingue pelo peregrino que consegue desviar os olhos das flores, seixos e borboletas da estrada e depois Mesmo quando momentaneamente iluminado, ele não é mais o mesmo de antes, embora, instantaneamente, tenha reconhecido um objetivo e um objetivo. Por um momento, ele vislumbrou o cume em direção ao qual ascende e descobriu o caminho íngreme, mas muito mais curto, que leva direto para cima, além do qual o templo brilha. Além do rodeio que desce a orla da montanha, ele também se vira, de modo que cada volta da montanha tenha sete voltas que demoram muito tempo em execução. Assim, no momento de vislumbrar o objetivo e perceber que, em vez de subir as sete voltas inteiras e a multidão de rodeios menores do caminho ascendente, você pode seguir o caminho que leva diretamente ao vislumbre objetivo, então a alma entende que esse caminho de atalho é chamado Serviço e é necessário entrar por uma porta cujo lintel brilha com letras douradas o slogan: Serviço do Homem.

A alma então entende que, mesmo antes de chegar ao recinto externo do templo, precisa atravessar esta porta e convencer-se de que a vida tem um propósito de serviço e não de egoísmo, e que a única maneira de subir mais rapidamente é ajudar a escalar o templo. ficando para trás para que todos recebam ajuda mais eficaz do Templo do que era possível. Como eu disse, a alma tem apenas um vislumbre instantâneo, um raio que brilha e desaparece em um momento, porque apenas um dos raios de luz que jorra do cume da montanha doem, e porque há tantos e tão atraentes objetos espalhados ao longo do caminho sinuoso, torna-se facilmente a aparência da alma. No entanto, uma vez que a luz é vista, é possível vê-la com mais facilidade novamente, e quando a alma ainda tem uma representação fugaz e imaginativa do objetivo de suas ações e do dever e eficiência do serviço, há sempre o desejo pisar o caminho curto que, com razão, leva a subida até o recinto externo do templo. Após essa primeira visão, os passageiros ocasionalmente brilham e, depois de dias dessa subida prolongada, a alma mais uma vez tem outro vislumbre que talvez o anterior.

Então vemos que as almas que, por um momento, reconheceram o propósito e o propósito da vida, começam a subir com maior resolução do que seus companheiros, e, embora continuem seguindo o caminho sinuoso, praticam a virtude com mais firmeza e professam com persistência sincera. religião que os ensina a subir a ladeira e como finalmente chegar ao templo. Assim, as almas que vislumbraram esse termo possível e são atraídas pelo caminho que o leva, distinguem-se um pouco das outras por sua diligência e vigilância, e vão para a frente da multidão inumerável que sobe o caminho. Essas almas andam mais rápido porque têm um propósito definido em sua jornada, entendem a direção que estão tomando e, embora de maneira imperfeita, ainda começam a marchar em direção a um ideal e a se esforçar para viver para um determinado propósito.

Mas, mesmo que mal reconheçam a verdadeira natureza desse propósito, por terem vaga intuição, e não o conceito exato de seu caminho, eles não vagam mais de um lugar para outro, assim que se elevam um pouco e mais baixo, mas ascendem resolutamente pela estrada sinuosa e todos os dias avançam outra coisa até serem distintamente colocados à frente das multidões na espiritualidade da vida, na prática da virtude e no crescente desejo de servir aos outros. Dessa maneira, eles caminham mais rápido em direção ao cume, embora continuem descendo a estrada sinuosa, disciplinam-se sistematicamente e tentam ajudar seus colegas de classe para que possam subir no mesmo ritmo que eles. No entanto, eles vão um pouco mais rápido, estão sempre segurando as mãos ao redor para encorajá-los a subir mais rapidamente ao longo do caminho.

De repente, os ajudantes e ajudantes a quem amam e servem, encontram à sua maneira uma figura bonita, embora à primeira vista uma aparência um tanto teimosa, que fale com eles e lhes diga um caminho mais curto. Sabemos que essa figura que acontece é o conhecimento, que sussurra em seu ouvido as condições de um progresso mais rápido. A religião que os ajudou a praticar a virtude é, por assim dizer, irmã do Conhecimento, e o Serviço do Homem também é irmão deles. Essa irmandade trina toma conta da alma até que finalmente um amanhecer mais completo e um reconhecimento mais amplo se seguem, para que a alma defina com mais precisão o propósito de sua ascensão e, em vez de se comprometer a sonhar no futuro, Ele incorpora especificamente esse sonho em seu propósito e reconhece que o serviço é a lei da vida. Com uma intenção deliberada, a promessa de ajudar o progresso da humanidade flui suavemente dos lábios da alma.

É o seu primeiro voto a render-se ao serviço da corrida e, embora ainda não exista um projeto completo nesta votação, isso implica sua promessa. Diz uma certa Escritura que um dos grandes seres encontrou o caminho curto e subiu o caminho áspero com rapidez suficiente para deixar toda a sua raça para trás e permanecer sozinho na vanguarda como uma primeira e promessa da humanidade. Foi ele quem em épocas posteriores alcançou a dignidade de Buda, e é dito que ele aperfeiçoou seu kalpa após o voto de kalpa porque o trabalho que deveria coroar sua vida tinha a promessa de serviço como um começo. Esse voto da alma a vincula aos grandes seres precedentes e constitui, por assim dizer, o vínculo que o leva ao caminho probatório que o leva à mesma entrada do templo pelo recinto externo .

Finalmente, após muitas vidas de trabalhos trabalhosos em que uma após a outra a alma cresce em pureza, sabedoria e nobreza, manifesta clara e distintamente sua vontade já firme; e quando essa vontade for declarada com um propósito explícito e definido, não como o murmúrio que almeja, mas como a palavra que ordena, esse resoluto bate na porta de entrada do Gabinete Externo do Templo e bate com batidas que ninguém pode ignorar, porque envolvem a energia da alma determinada para ter sucesso e que aprenderam o suficiente para alertar a magnitude da tarefa que vão empreender. A alma na porta do Gabinete Externo sabe o que se esforça para realizar e percebe a enormidade das dificuldades que a aguardam. Porque a tarefa nada mais é do que transcender sua raça, à mesma raça que tem de subir inúmeros milênios em sucessão fatigante de um globo para outro da cadeia planetária. A alma corajosa que bate à porta do Gabinete Externo pretende escalar a montanha inteira em apenas algumas vidas humanas e subir passo a passo ao longo da encosta mais íngreme para seguir o caminho que leva corretamente ao Lugar Santíssimo.

Propõe-se realizar no espaço de tempo que cobre algumas vidas, tudo o que a corrida tem que levar inúmeras vidas para cumprir. Essa tarefa é tão colossal que o cérebro é abissado pela tontura antes de sua dificuldade. É tão grande que a alma que a empreende quase poderia dizer que já está começando a se convencer de sua divindade e da onipotência nela, porque certamente é uma tarefa digna de um Deus realizar em poucas vidas, a partir do ponto do ciclo em que agora existe humanidade, tudo o que a humanidade como um todo tem que fazer, não apenas nas corridas que ainda faltam na rodada atual, mas nas rodadas futuras.

A realização desta tarefa significa que o poder divino é aperfeiçoado na forma humana. A porta se abre quando a alma é chamada, que entra no Gabinete Externo, onde deve ir passo a passo até alcançar o primeiro dos quatro portais das grandes Iniciações que levam ao Templo. Mas nenhuma alma pode passar além do primeiro portal que não abraçou para sempre o Eterno e se desapegou de seu interesse pelas coisas transitórias que a cercam, porque uma vez que a alma entra no primeiro recinto interno do Templo, que através os outros três levam ao Lugar Santíssimo, nunca mais vão embora. Ele escolheu sua sorte por todos os milênios futuros e está em um lugar que ninguém sai depois de entrar. A primeira grande iniciação pertence ao interior do templo; mas a alma cujo progresso nós rastreamos nada mais faz do que se preparar no recinto externo para que vidas futuras passem pelos sete estágios que levam ao primeiro portal, esperando que seja permitido atravessar a lintel do templo.

Portanto, qual deve ser o seu trabalho no gabinete externo? Como há para governar sua conduta digna de bater à porta do templo? Essa é a questão com a qual irei lidar, mesmo que eu apenas concorde com a minoria de ouvintes e leitores; bem, eu sei que, ao descrever o Gabinete Externo, posso dizer algo que pode parecer desagradável e até repulsivo. É bastante doloroso encontrar o caminho do Gabinete Externo, a prática da religião e o exercício das virtudes que permitem à alma humana bater à porta deste Gabinete Externo que circunda o Templo, não é difícil, e aqueles que entram nele progrediram muito. em seu passado, embora sem dúvida a vida a ser tomada pareça muito pouco atraente para aqueles que ainda não reconheceram definitivamente o objeto e o propósito de sua existência. Porque deve-se notar que no recinto externo existem apenas aqueles que resolutamente se dedicaram ao serviço; que deu tudo sem pedir nada, mas o privilégio de servir; que reconhecem toda a natureza transitória das coisas terrenas e, realizando concretamente a tarefa que pretendem realizar, dão as costas aos caminhos floridos que circundam a montanha, com a firme determinação de subir direto por ela, a qualquer custo e apesar de tudo. os esforços diários que devem ser feitos na rápida sucessão dos dias de sua vida.

Muito precisa ser combatido no recinto externo, porque também há muito a ser feito em pouco tempo. Para maior clareza da explicação, dividi em cinco partes, aspectos ou etapas a tarefa da alma no recinto externo; mas é bem entendido que, na realidade, não existem tais divisões, aspectos ou estágios, porque eles precisam ser cumpridos ao mesmo tempo em melhorias simultâneas. Eu dei a essas divisões arbitrárias os títulos de: Purificação, Governo do Pensamento, Formação de Caráter, Alquimia Espiritual e On the Lintel. Repito que cada uma dessas divisões não deve ser tomada separadamente, pois tudo o que elas significam deve ser feito ao mesmo tempo e é um trabalho simultâneo da alma que passa a vida no Recinto Externo, tendo que realizá-la mesmo parcialmente antes ousar alcançar a porta do templo. Lidaremos sucessivamente com essas divisões para melhor entendê-las; mas deduzindo do esboço que ele faz deles, que a alma não precisa cumpri-los com toda perfeição, mas apenas parcialmente, para alcançar o portal da primeira Iniciação. Basta que ele lute com algum sucesso, compreenda seu trabalho e faça-o diligentemente, porque quando o cumprir perfeitamente, entrará no Lugar Santíssimo.

Portanto, parte de seu trabalho deve ser a purificação da natureza inferior até que todas as suas moléculas vibrem em perfeita harmonia com o superior; até que tudo seja puro quando pertence ao aspecto temporário do homem que chamamos de personalidade, e não é o indivíduo permanente, mas apenas o conjunto de qualidades e características que o indivíduo se cerca ao longo de Cada uma de suas várias vidas. A personalidade constitui as qualidades e atributos externos que cercam e sobre os quais a alma está coberta, levando-os às vezes com um de outra vida; tudo o que é necessário para reencarnar; o que ele elabora durante a encarnação; e finalmente, quanta individualidade permanente atrai ao seu redor durante a vida terrena e cuja essência ele absorve para infundir em seu eu eterno e em evolução.

O Sr. Sinnett recentemente usou a frase: fidelidade ao Eu Superior, que simboliza muito bem a situação da alma na hora de entrar deliberadamente no Gabinete Externo e ver o trabalho antes que ele se estenda. É uma frase muito intencional, quando bem entendida, descrever a atitude da alma em tais circunstâncias, porque significa a decisão deliberada de repudiar tudo o que é temporário e pertencente à personalidade. Felizmente, todas as vidas que devem ser gastas neste submundo são usadas para reunir materiais úteis para transmiti-los ao Ego que vive e cresce com o que a personalidade fornece. Isso também significa que a personalidade ou o eu inferior precisa avisar que é essencialmente um com o Eu superior, de modo que sua ação no mundo deve ser a do tempo. Neo agente que coleta quanto perpétuo eu preciso e, portanto, tem que resolver dedicar toda a sua vida terrena a esse serviço, porque o objetivo da vida é simplesmente a coleção de materiais transmissíveis ao Eu superior que é realmente a essência da personalidade e por meio da assimilação dos materiais coletados, é qualificado para formar a individualidade cada vez maior, superior em qualquer caso à personalidade de uma vida.

A fidelidade ao eu superior significa o reconhecimento pelo inferior deste serviço, ou seja, o eu inferior não viverá mais para si mesmo mais tempo, mas com o objetivo de servir aos duradouros. ; e assim toda a vida passada no Recinto Externo é de estrita fidelidade ao Eu Superior e todo trabalho realizado deve ser para o benefício da grande Entidade já reconhecida como o verdadeiro Eu que tem que durar ao longo dos séculos e deve alcançar uma vida cada vez mais plena através do serviço deliberado e leal que o mensageiro lhe envia, enviado ao mundo exterior. As principais Escrituras sagradas do mundo falam deste trabalho dizendo que é o passo preliminar para o feliz encontro da alma, e em uma das Upanishadas mais importantes se lê que para encontrar a alma de um homem, a primeira coisa que ele deve fazer é afastar-se do estradas ruins.

Bem, imagino a alma no ponto em que está realizando este trabalho, embora suponha que ela já tenha sido removida das estradas ruins antes de entrar no Recinto Externo, porque quem entra não está mais sujeito a tentações vulgares da vida terrena, porque os transcenderam e encarnaram na vida que os vê dentro do Recinto Externo, pelo menos terão se separado das estradas ruins, deixando de caminhar alegremente por eles. Se eles forem encontrados em uma dessas estradas ruins, será de alguma maneira imediatamente reprimida, porque nascerão no mundo com um estado de consciência que repugna seguir a iniqüidade quando a justiça aparece diante de seus olhos . E embora a consciência, ainda não totalmente experiente, possa às vezes ofuscar-se nas eleições e escolher os maus antes de entrar no Recinto Externo e mesmo depois de ter entrado, é, no entanto, fervorosamente ansioso escolher os bons.

O eu inferior não se oporá deliberadamente a esse anseio, porque quem quer que contradiga intencionalmente a voz da consciência ainda não entrou ou está de alguma forma disposto a entrar no Gabinete Externo . As almas que entram nele estão pelo menos determinadas a lutar pelo bem e obedecem alegremente à voz da consciência que lhes ordena que a escolha, sem jamais desobedecê-la deliberadamente. Eles vêm ao mundo com grande parte de seu caminho ascendente já percorrido e com uma vontade determinada de aprimorar seu comportamento o máximo possível. Eles terão que estar no recinto externo, não apenas com as rudes tentações mundanas, mas com os sutis e ardentes que assaltam a alma quando ela precisa abreviar o número de suas vidas e subir rapidamente a encosta da montanha. Então você não deve perder tempo em escaramuças com tentações ou na lenta aquisição da virtude, porque quando você alcança os limites do Recinto Externo do Templo, deve continuar sem parar.

Ele encontrará dificuldades e será tentado por intenções intelectuais, como ambição, orgulho e presunção de seus avanços e a retenção firmemente egoísta de seu próprio sucesso. Mas a alma não apenas sentirá esse impulso vigoroso de ambição e orgulho que, egoisticamente, criaria uma barreira entre si e aqueles em uma situação mais baixa, mas também o desejo de um conhecimento egoísta de usá-lo em vez de obter lucro. do mundo. Essa tentação se disfarça com a máscara do amor ao conhecimento e à verdade por si; mas quando a alma vê com mais clareza e nitidez, descobre que esse suposto desejo de amor nada mais é do que o desejo de se separar de seus vizinhos, de possuir o que eles não podem participar e de suportar o que não lhes dará prazer. Esse sentimento de separatividade é um dos maiores perigos da alma em evolução e, embora tenha entrado no recinto externo, será tentado pelo desejo orgulhoso de aprender, prosperar e superar, a fim de alcançar exclusivamente para si o que os outros não alcançam.

A alma verá o conhecimento ao seu alcance imediato e desejará adquiri-lo; ele verá o poder ao lado de sua mão e desejará exercitá-lo. Embora esse desejo tenha como principal motivo o serviço aos outros, é possível que ele também mova a ambição de superioridade para a alma e se incline para erguer uma cerca que encerra em sua vantagem egoísta o conhecimento e o poder adquiridos. No entanto, não leva muito tempo para a alma entender que, para atravessar o Recinto Externo e chegar ao portal que brilha antes de seus passos, é essencial destacar-se de sua ambição e orgulho intelectuais, do desejo egoísta de conhecimento, de tudo que a separa das almas. irmãs Assim, ele começa a purificar sua natureza intelectual, examinando os motivos de seu esforço e ação e examinando-se cuidadosamente à luz que irradia incessantemente pelas janelas do templo e ilumina o recinto externo com raios da vida espiritual. Essa luz torna as sombras mais densas e seu brilho escurece as coisas que pareciam tão brilhantes no mundo inferior. Então ele entenderá a alma que também precisa purificar o desejo concupiscente que ele trouxe em sua personalidade e se entrelaçou com o desejo intelectual.

Ele deliberadamente empreenderá este trabalho de purificação, dispondo-se de um firme, consciente e determinado propósito de eliminar tudo o que complementa a personalidade e, de uma maneira ou de outra, separa a alma dos que estão abaixo e dos que estão acima. Uma das lições aprendidas pela alma no recinto externo é que o único meio de abrir as portas do templo é derrubar as cercas que a separam das almas inferiores. Assim que a alma demolir essas cercas, aqueles que a separaram das almas superiores se separarão, porque somente a porta do Templo será aberta para aqueles que desejam atravessá-la, derrubar as cercas de sua natureza pessoal e desejar compartilhar com todos o que alcançarem. . Assim, a alma começa a purificar a natureza concupiscente, eliminando todos os elementos pessoais do eu inferior. Como purificá-lo? Não deve ser destruído, porque o que ele coleciona serve como uma experiência que se torna faculdade e é transmutada em poder; e precisamente agora precisa de todos os poderes que coletou durante a jornada, para não destruir o quanto coletou, mas aproveitará os poderes adquiridos, embora purificados e não brutos. Como purificá-los?

Parece à alma que era muito mais fácil destruí-las, que não precisaria de tanta paciência para anular algumas das qualidades adquiridas, e parece possível aniquilá-las de uma só vez para se livrar delas. No entanto, não é assim que ele poderá entrar no templo, mas em seu lintel ele deve oferecer em sacrifício o que reuniu no passado, tudo o que transmutou em poderes e faculdades. Ele não precisa entrar lá de mãos vazias, mas para levar consigo o que reuniu em sua vida inferior. Então, em vez de ousar destruir, ele deve realizar o trabalho mais doloroso de purificação, mantendo a essência de todas as qualidades, enquanto elimina o que é pessoal delas. As lições aprendidas da virtude ou do vício são experiências reunidas no curso de sua peregrinação anterior; portanto, a alma deve levar consigo a essência das qualidades como resultado de sua ascensão anterior; mas ele deve tomá-lo como o ouro mais puro para oferecer diante do altar sem a menor partícula de escória. Vamos examinar algumas dessas qualidades para ver claramente o que significa purificação, porque se a entendermos em termos de uma ou duas qualidades, não haverá inconveniente em estendê-las às outras, porque o importante é saber como realizar a Trabalho de purificação. Considere primeiro uma força poderosa que todo ser humano revigora nos estágios inferiores de seu desenvolvimento, carrega consigo à medida que evolui e, finalmente, precisa se purificar.

Essa tremenda força ou qualidade, cuja forma muito pequena é a raiva ou a raiva, e que serve ao homem para fazer o seu caminho no mundo, lutar nas batalhas da vida e muitas vezes superar toda oposição, surge da alma através da natureza baixa, e nos estágios iniciais de sua evolução, quando supera as dificuldades que obstruem sua passagem no mundo inferior, antes de aprender a governá-lo e dirigi-lo, é uma energia indisciplinada, valiosa por ser uma tremenda energia, mas destrutiva em seus efeitos mundanos por ser indisciplinado Antes de entrar no recinto externo, o homem deve ter transmutado parte dessa energia da alma em uma virtude positiva amplamente exercida na vida do mundo com os nomes de nobre indignação, aversão à iniqüidade, baixeza, vilania e crueldade e paixão pela justiça, prestando excelentes serviços ao mundo profano com essas várias formas de energia destrutiva. Porque antes de entrar no recinto externo, o homem trabalhava pelo mundo e praticava essa virtude, de modo que sua paixão explodiu contra a crueldade infligida aos fracos e as injustiças dos tiranos ficaram indignadas. No exercício dessa virtude, ele aprendeu a eliminar muitas escórias; porque a raiva que ele sentiu em suas primeiras vidas era egoísta e causada pelas queixas ou insultos infligidos a sua pessoa. Então ele voltou golpe por golpe; mas agora faz muito tempo que ele superou a ira brutal da natureza inferior que se manifesta em energia destrutiva contra danos pessoais e o mal corresponde ao mal e ao ódio com ódio.

Antes de entrar no recinto externo, o homem já transpôs esse estágio primitivo, aprendendo a transmutar a energia colérica nele. Ele a purificou notavelmente do elemento pessoal e é capaz de ficar com raiva não tanto pelas mágoas que recebe, mas pelas injustiças que outros caem. Ele fica mais indignado com a alienação dos outros do que com os seus, e quando vê que o homem forte cruelmente atropela os desamparados, ele o ataca em seu favor. Assim, ele acostumou a ira santa a superar a ira brutal; Assim, a nobre paixão sufocou a paixão animal da natureza inferior e nas vidas passadas, já distantes, aprendeu a eliminar as qualidades rudes da paixão, a não se zangar com as ofensas inferidas, mas em benefício daqueles que desejam ajudar. Lembre-se de que esse homem há muito tempo reconhecia o dever de serviço, um dos meios era a opressão dos opressores e o desânimo dos tiranos.

Sua raiva ardia ardentemente contra todas as formas de iniqüidade em apoio aos fracos e sua atuação talvez fosse heróica no mundo; mas na atmosfera tranquila do Templo Atrium, iluminada pelos raios de absoluta compaixão que emanam do Lugar Santo, não há lugar para qualquer forma de ira ou mesmo para a qual ela seja. Purificado de antagonismos pessoais. Porque o aspirante já sabe que os ímpios também são seus irmãos e que, com a iniqüidade deles, sofrem mais do que os que são afetados por ela. Aprendi que su noble indignaci n contra las injusticias, su apasionamiento por la rectitud, el fuego encendido en su pecho para consumir una tiran a que no le oprime, no es la caracter stica del alma que se esfuerza por acercarse a la Divi nidad, pues la Vida divina ama a todas las cria turas que env a al mundo sea cual sea su nivel y por muy atrasadas que est n en su evoluci n. El amor de la Divinidad que todo lo eman nada tiene fuera de s .

La Vida divina es el n cleo de todo cuanto existe y tan presente est Dios en el coraz n del malvado como en el del santo. En el Recinto Externo se reconoce a la Divinidad, por tupidos velos que la oculten, porque all se abren los ojos del Esp ritu y no hay velo alguno entre ly el Yo de los dem s hombres. Por lo tanto, esta noble indignaci n se ha de purificar hasta limpiarla de toda c lera y convertirla en una energ a que nada deje fuera de su auxilia dora ndole; hasta que esta potente energ a del alma sea pura en absoluto, capaz de ayudar en la misma medida al tirano y al esclavo y de abarcar dentro de sus l mites al opresor y al oprimido. Porque los Salvadores de hombres no escogen a quienes han de servir, pues Su servicio no tiene l mites y por servir a todos sin distinci n no odian a nadie en el universo. Lo que un tiempo fue c lera se ha convertido por la purificaci n en amparo al d bil, impersonal oposici n al malvado y perfecta justicia con todos.

Lo mismo que purifica la c lera ha de purificar el amor, cuyas primitivas modalidades, cuando el alma empezaba a evolucionar, fueron tal vez obscenas y groseras sin otro atractivo que la forma, con ego smo tal que ni siquiera se conturbaba por lo que pudiese sucederle al objeto de su amor. Seg n progresa el alma, m dase el car cter del amor y es m s noble, menos ego sta, menos personal hasta que se adhiere a la natu raleza superior del amado en vez de apegarse al aspecto externo, y se enaltece y purifica el amor sensual. Pero a n ha de ser todav am s puro cuando el candidato entra en el Recinto Externo del Templo, porque entonces su amor ha de haber empezado a perder su exclusivismo, manteniendo m s ardoroso su fuego, extendi ndolo a mayor esfera de acci ny purific ndolo de todo cuanto sea de naturaleza inferior. Esto significa que el amor de quien ha entrado en el Recinto Externo debe tener por propósito el servir al objeto amado y no a sí mismo, con la mira puesta en lo que puede dar y no en lo que puede recibir. De esta suerte irá el amor divinizando gradualmente su índole y efundiéndose en proporción a la necesidad más bien que a la valía de la recompensa.

Cuando el alma se esfuerce de este modo en la purificación podrá aplicar ciertas pruebas a todo el procedimiento por el cual pasa, y al valerse de su energía para hacer algún servicio a la humanidad, utilizará en este servicio como lanza de Ithuriel, la ausencia de personalismo, observando lo que en respuesta surge al bote de la lanza. Si al prestar un servicio y concentrar su energía en la realización de algo que le parezca meritorio, analiza esta obra y sus motivos advirtiendo que el yo está sutilmente entremezclado con la energía, que no le interesa tanto el éxito de la obra como el obrero, y que el descontento amarga la copa de su deleite al ver que otro lleva a cabo la obra en que él fracasó, prueba será entonces de que todavía predomina en el alma la personalidad, pues de lo contrario hubiera procurado tan sólo el feliz éxito del servicio aunque no contribuyera a él. Si nota el torcedor del disgusto en el fracaso personal, si la esterilidad de sus esfuerzos le deprimen y desalientan, y anublan por un momento su paz y serenidad, echa de ver entonces que en aquel torcedor y en estas nubes hay todavía algo de personalismo que es preciso eliminar y en consecuencia emprende la tarea de desembarazarse de esta debilidad y desvanecer las nubes de los ojos del alma.

Si al medir y comprobar la índole de su amor advierte algo de frialdad y disgusto cuando la persona amada se muestra indiferente a sus dádivas a pesar de amarla y servirla intensa y noblemente; si observa que el flujo de su amor propende a retroceder e interrumpir su curso porque las personas amadas no corresponden a su amor, también entonces el alma, tan severa consigo misma como compasiva con las demás, conoce que todavía queda en ella algo de personalismo, que aún obra con fines egoístas y no halla su más acabado gozo en la estricta gloria del servicio. Por lo tanto, el alma que está en el Recinto Externo del Templo procede a eliminar los residuos de personalismo hasta que el amor brota sin pedir recompensa ni esperar correspondencia, porque verdaderamente comprende el alma que mayor necesidad de amor hay en quienes a él no corresponden, y por lo tanto están más necesitadas de recibirlo las almas que en su presente estado no sienten el amor de auxilio.

De esta suerte trabaja deliberadamente el alma en sí misma por su desarrollo, purificando siempre la naturaleza inferior con incesantes esfuerzos e infatigable solicitud, sin jamás compararse con quienes están por debajo sino con Aquellos que se hallan por encima. Alza los ojos hacia Quienes ya vencieron y no los baja hacia los que todavía suben por el camino del Recinto Externo. No puede el alma tener ni un instante de descanso ni de contento hasta que al acercarse a su meta nota en sí menos oposición a recibir la luz de los Santos Seres que alcanzaron la divinidad . En el Recinto Externo no le asalta al hombre la tentación por sus vicios sino por sus virtudes. Sutilmente le acomete la tentación transfigurada en ángel de luz, sobre todo cuando el alma está progresando, y embiste siempre contra lo más noble y elevado, contra las virtudes, que a favor de la falta de conocimiento se convierten en tentaciones, pues como ya el alma ha transcendido el punto en que pudiera tentarla o mancillarla el vicio, únicamente con máscara de virtud puede la ilusión extraviarla.

Así aprende a ser rigurosa y solícita consigo misma, porque sus propios deslices y los de sus compañeras le han enseñado plenamente que como las virtudes de difícil cumplimiento en el mundo interior son muy fáciles para quienes están en el Recinto Externo, el enemigo las roba, por decirlo así, para convertirlas en tentaciones con que hacerla vacilar en el Sendero. Por lo tanto, ha de saber el alma que su única salvación está en vivir bañada por la luz del Yo superior, sin atreverse a llegar a la Puerta del Templo hasta que la Luz refulja radiantemente en el interior de su ser, por lo cual ha de esforzarse siempre en hacerse absolutamente diáfana. Porque ¿ cómo osaría el alma penetrar en una Luz en cuya comparación no es más que sombra todo lo en la tierra luminoso? ¿cómo atreverse a entrar en el seno de una Luz cuyos fúlgidos rayos ofuscan alojo impuro de suerte que toda virtud terrena resulta imperfecta y toda belleza mundana es vulgarísima fealdad? ¿cómo tener la audacia de entrar en el Templo, ante los ojos del Maestro, que la verían en toda su desnudez? ¿cómo permanecer allí con rastros de impureza en su corazón, cuando tan sólo una mancha ofendería la pura mirada del Maestro?

Por lo tanto, en el Recinto Externo son alegrías las mundanas tristezas y el sufrimiento purificador es el más bienvenido amigo. Así es que el gran Yogui el dechado maestro y patrono de todos los yoguis permanece siempre ante el ara donde en su presencia consumen las llamas cuanto tocan; porque en el corazón de quienes están en el Recinto Externo hay todavía ocultos rinconcitos aún no penetrados por la luz, y antes de entrar en el Templo es preciso que las vivientes llamas del Señor completen la purificadora obra, consumiendo cuanto se esconde en los recovecos del corazón del futuro discípulo. Se ha entregado a su Señor y ya nada retiene.

En la grandiosa ara sita ante la puerta del Templo arde el fuego abrasador que todos deben atravesar antes de que se les abra la puerta. En el fuego y más allá del fuego aparece la figura del gran Yogui de quien brotan las llamas cuya purificante virtud toman de la gloria de Sus pies. El gran Maestro acaba de purificar al discípulo, quien entra entonces por la puerta que para siempre lo separa de todo interés del mundo inferior, menos el del servicio, de todo deseo humano, menos el de trabajar por la redención de la humanidad. Nada hay ya en la tierra capaz de atraerle, porque ha visto el rostro de su Señor ante el cual palidece toda luz.

SEGUNDA CONFERENCIA GOBIERNO DEL PENSAMIENTO

En este punto más que en otro alguno se ahonda la diferencia de criterio entre el virtuoso y ecuánime pensador profano y el ocultista. Por lo tanto hemos de ir paso a paso desde el principio para señalar la causa de esta diversidad de criterio acerca de la índole de la mente, de su relación con el hombre, de la influencia que ejerce en el desenvolvimiento de la naturaleza humana, de sus funciones y manera de efectuarlas. La diferencia de criterio acerca de todos estos extremos depender del punto de vista en que se coloque el pensador, del concepto general que del mundo tenga y de la posición que en el mundo ocupe.

Con objeto de estudiar debidamente esta materia del gobierno del pensamiento, veamos cómo la consideraría un intelectual de mente equilibrada, sobrio en sus juicios y sin asomo de negligencia, frivolidad ni mundanería en la ordinaria acepción de estas palabras. Todo hombre bueno y virtuoso que deliberadamente se representa un ideal de virtud que se esfuerza en realizar y un concepto del deber que procura cumplir reconocerá, al representarse este ideal de virtud y formarse este concepto del deber, la necesidad de dominar y dirigir la naturaleza inferior. En esto no hay divergencia alguna. El hombre virtuoso a quien nos referimos dirá seguramente que se han de refrenar y someter las pasiones y apetitos del cuerpo, las bajas emociones que atropellan a las gentes irreflexivas y atolondradas, el aspecto de la naturaleza humana que actúa desde el exterior de suerte que induce al hombre a obrar desconsiderada, irreflexiva e impensadamente. Dirá que todo esto es la naturaleza inferior y procurará someterla a la obediencia de la superior. Si examinamos cuidadosamente el estado psicológico de un hombre tal, veremos que lo que en lenguaje vulgar llamamos un hombre equilibrado es capaz de gobernar mentalmente la naturaleza inferior, de suerte que el pensamiento domine al deseo. Más todavía.

Si con mayor detención lo examinamos y advertimos en este hombre recia voluntad, carácter entero y conducta recta, que aun en circunstancias difíciles acierta guiar en derechura su naturaleza inferior, colegiremos que tiene lo bastante vigorizada la mente para no determinarse a la acción movido por circunstancias externas ni por las atracciones que le rodeen ya las cuales responda la naturaleza animal, sino que veremos que se determina a la acción por un cúmulo de experiencias acopiadas en su memoria como recuerdo de pasados sucesos y comparación de sus consecuencias.

La mente actuó sobre todas estas experiencias ordenándolas

por decirlo así, y cotejándolas unas con otras, infiriendo de ellas por un intelectual y lógico esfuerzo un definido resultado que la mente retiene como regla de conducta, y cuando el hombre equilibrado se ve en circunstancias críticas y conturbadoras, que arrollarían a una voluntad flaca y aun acaso a cualquiera persona vulgar, ajusta su conducta a la regla establecida en el tranquilo instante en que no obraba activamente la naturaleza del deseo ni lo cercaban tentaciones, sin consentir que lo desvíen de su camino los halagos o impulsos del momento. Al tratar con un hombre así es fácil conjeturar cómo se conducirá, pues conocemos los principios sobre que fundamenta su conducta y la modalidad de pensamiento predominante en su mente. De su entero, definido e íntegro carácter cabe inferir casi con seguridad que a pesar de cuantas tentativas le asalten, realizará en el momento de la lucha el ideal representado en los momentos de calma y reflexión.

Esto es lo que en términos generales significa un hombre equilibrado. Es el que alcanzó una etapa de evolución algo elevada con el propósito puesto ya en obra de vencer, refrenar y dirigir su naturaleza inferior, de modo que al recibir externo est mulo para la acci n, pueda el alma conducirse noblemente repeliendo la acometida de cualesquiera tentaciones que la inciten a obrar abyectamente o de conformidad con los halagos de la naturaleza inferior. Hasta aqu hemos considerado un hombre vir tuoso, de car cter superior, ideas claras y sano juicio, que en modo alguno se deja zarandear por las circunstancias ni por los impulsos como les sucede com nmente a los caracteres indisciplinados o mal dirigidos.

Pero el hombre equilibrado a que nos referimos puede ascender a otra etapa donde estudiar una superior filosof a de la vida que le d mayores explicaciones acerca de la ac tuaci n de la mente; por ejemplo, puede estudiar las sublimes ense anzas teos ficas, ya tal como est n expuestas en obras antiguas o modernas, ya tom ndolas de la India, Egipto, Grecia y de la moderna Europa. En esta filosof a puede adquirir un nuevo concepto del universo y modificar notablemente por ello su actitud mental. Supongamos que este hombre ingresa en la Sociedad Teos fica cuyas principales ense anzas acepta. Entonces echar de ver con mucha mayor claridad que antes la enorme influencia de sus pensamientos y notar que cuando su mente act a ejerce el creador poder que tan familiar es para muchos te sofos, formando con su actuaci n definidas entidades constantemente enviadas al mundo exterior, las cuales operan en bien o en mal e influyen en la mente y conducta de gentes con quienes el creador de esas entidades mentales no est en directa relaci n personal. Entonces advertir que para influir de este modo en las mentes ajenas no es necesario que exprese su pensamiento con la palabra hablada o escrita ni tampoco hay necesidad de que el pensamiento manifieste de un modo u otro su acci n para que influya poderosamente en bien o en mal.

Comprender asimismo que por muy obscuro e insignificante que sea en el concepto mundano y por muy retra do que est de la vista de las gentes, sin relacionarse personalmente m s que con el peque o circulo de sus parientes y amigos, le ser posible influir ben fica o mal ficamente con el poder de su pensamiento, superior al de la exhor taci ny aun al del ejemplo, sin necesidad de co municarse de palabra ni por escrito con las gentes ni aunque se halle f sicamente aislado de los hom bres mundanos. As puede purificar o mancillar las mentes de sus coet neos; contribuir a favore cer o estorbar el progreso del mundo; realzar o deprimir en cierto grado el nivel de su raza; e independientemente de la eficacia que el vulgo reconoce en el precepto y el ejemplo, puede influir en la mentalidad de su poca mediante las sutiles energ as del pensamiento, con las activas formas lanzadas al mundo de los hombres y cuya operaci n es precisamente m s formidable porque son invisibles, y ejercen mayor influencia porque por lo sutiles no las perciben las gentes a quienes afectan. De esta manera, seg n adelanta nuestro hombre en conocimiento, tiene un nuevo concepto de la naturaleza del pensamiento y se hace cargo de la grav sima responsabilidad que contrae al pensar, es decir, al ejercitar las facultades men tales.

Comprende tambi n que esta responsabi lidad se extiende mucho m s all de cuanto su vista alcanza y que a veces puede ser efectiva mente responsable de muchos cr menes que se perpetran as como de muchas heroicidades que se realizan en la sociedad a que pertenece. En tonces reconoce la verdad del b sico principio seg n el cual no es nicamente responsable de una acci n el que la comete, pues como quiera que toda acci n es el concreto resultado o diga mos encarnaci n de uno o diversos pensamientos, todos cuantos contribuyen a generarlos participan de la responsabilidad de la acción. Por todo esto, considerando la vida bajo un más amplio concepto, tiene ya el hombre mayor cuidado con sus pensamientos y advierte que ha de gobernarlos, lo cual no se le ocurría mientras tuvo del pensamiento un concepto escuetamente mundano. Pero además del cuidado con que ha de gobernar la emisión de sus pensamientos por la responsabilidad que le incumbe, observará si prosigue en su estudio, que la índole de pensamientos que atraiga del mundo exterior dependerá en gran parte de la índole de sus propios pensamientos.

Así, no sólo es un imán que irradia líneas de fuerza mental por toda el área de su campo magnético, sino que también atrae todo cuanto responde a la fuerza magnética por él emitida; y en consecuencia, de la dirección en que la emita dependerá la buena o mala índole de sus pensamientos. De esta suerte comprende que al emitir un buen pensamiento no sólo cumple el supremo deber que con sus prójimos le liga sino que a sí mismo se beneficia, como siempre sucede cuando el hombre está en armonía con la ley de Dios. Al emitir un pensamiento noble, establece en sí un centro que por afinidad magnética atrae otros pensamientos de igual índole, los cuales auxilian y fortalecen su mente; pero también reconoce con pena y vergüenza que al emitir un pensamiento siniestro forma en su conciencia un centro igualmente siniestro que atrae los pensamientos viles flotantes en la atmósfera mental, acrecentando con ello sus malas inclinaciones de la propia suerte que los buenos pensamientos intensifican su tendencia al bien.

Y cuando advierte la mental confraternidad que enlaza a todos los hombres, transmuta la actitud de su mente, pues se hace cargo de la responsabilidad en que incurre tanto al dar como al recibir y echan de ver los lazos que de él se extienden en todas direcciones así como los que de todas direcciones concurren a él. Por lo tanto en su vida cotidiana da más importancia al pensamiento que a la acción, porque comprende que en las invisibles regiones se engendran cuantas fuerzas actúan en las vidas psíquica y orgánica. Pero nuestro hombre adelanta después otro paso y entra en el Recinto Externo. Es entonces un candidato que aspira a hollar el áspero y corto Sendero que conduce a la cumbre, es decir, que está en la etapa probatoria del Sendero; y por lo tanto, recibirá mayor conocimiento del correspondiente a quienes tan solo empiezan a comprender la naturaleza de la vida que los circunda.

El candidato que ha cruzado el umbral del Recinto Externo reconoce algo más allá y superior a la muerte, algo cuya relación con ella es análoga a la de ella con el deseo de la naturaleza inferior. De la propia suerte que en el transcurso de su evolución reconoce el hombre la superioridad de la mente respecto del deseo, así cuando entra en el Recinto Externo ( y aun antes de entrar porque precisamente el reconocimiento de lo que vamos a decir le conduce a la puerta y se la entreabre) reconoce que esta mente, al parecer tan grande y poderosa, que poco ha diputaba por el monarca gobernante del mundo, y de la que dijo un pensador que nada hay grande en el universo sino el hombre y nada grande en el hombre sino la mente, no es tan excelsa como le parecía al observarla con encegados ojos desde un bajo punto de mira, sino que al aclarársele la vista descubre en el universo algo superior a la mente que parecía lo mayor del hombre, algo más amplio y sublime que brilla un instante y al punto se eclipsa.

Aunque no todavía por definido conocimiento sino incompletamente y por rumores y conjeturas presiente el hombre haber percibido un vislumbre del Alma, y que hirió su mente un rayo de luz venida de más alto, de algo que confusamente y de extraña manera le parece que es la mente misma y está con ella identificado. Al principio se confundirá a tientas en las tinieblas sin acertar a distinguir entre la mente con la cual hasta entonces se había identificado y aquel algo muy superior a la mente, que parece identificarse también con él y sin embargo es mayor que él. Por esto no sabe desde luego de donde procede aquel vislumbre y recela que la esperanza en él despertada no sea más que un sueño.

Pero antes de continuar nuestro estudio, conviene definir las palabras , y que no han de ser para nosotros fichas de juego sino legítimas monedas que representen nuestras ideas o riqueza mental. Por lo tanto, veamos el significado de dichas palabras, o al menos el que les doy al emplearlas, definiéndolas claramente aunque no todos estén conformes con la definición. A mi entender el Alma es la individualización del Espíritu universal, el enfoque en un solo punto de la Luz universal. Es el Alma como un receptáculo en que se vierte el Espíritu de modo que lo de por Sí universal, vertido en este receptáculo aparece separado en su manifestación aunque siga siendo en esencia idéntico con el Espíritu universal. El propósito de esta separación es el desenvolvimiento de una individualidad; que en todos los planos del Universo exista una potente vida individualizada cuyo conocimiento abarque los mundos astral y físico, como ya conoce el espiritual y no haya solución de continuidad en su conciencia, y que sea capaz de construirse los vehículos necesarios para adquirir conciencia fuera de su propio plano, purificándolos después poco a poco, uno tras otro, hasta que no actúen ciegamente ni sirvan de estorbo sino de puro y diáfano medio de recepción de conocimiento en cada plano.

Pero la palabra receptáculo empleada como símil puede inducir a error, pues la dificultad en la expresión de las ideas consiste en que un símil acertado cuando se aplica a una idea, puede ser erróneo al aplicarlo a otra. Así el proceso de individualización no ha de entenderse en el sentido de construir un receptáculo y verter en él algo que a su configuración se amolde, sino que tiene más cercana analogía con la formación de un sistema solar. Retrollevando la imaginación a los orígenes de nuestro sistema planetario, podemos concebir un espacio en que nada hay visible para el ojo físico y parece vacío, aunque es real plenitud, donde surge una leve neblina demasiado tenue para llamarla así, por más que sea la única palabra significativa de esta inicial agregación. La neblina se va densificando más y más; a medida que transcurre el tiempo, es mayor su cohesión, y se deslinda cada vez del espacio circundante, hasta que la antes tenuísima sombra va tomando forma de más en más definida, de suerte que si pudiéramos observar esta construcción de mundos veríamos cómo la nebulosa se va condensando y configurándose a más y mejor en el espacio hasta constituir un sistema planetario alrededor de un sol central. Por tosco que resulte el símil, así ocurre en la individualización del Espíritu.

Primero es como una débil apariencia de sombra en el universal vacío, en realidad plenitud de plenitudes, y esta sombra se convierte en neblina que va concretando su forma más clara y definidamente, según adelanta en su evolución, hasta que por fin aparece un Alma, un individuo, donde al principio solo había la sombra de una creciente neblina. Tal es alegóricamente representado el proceso de formación de una conciencia individual, y considerándolo así cabe comprender cómo va desen­volviéndose el Alma en el dilatado transcurso de su evolución, pues en un principio no está del todo formada para sumergirse como un buzo en el Océano de materia, sino que lentamente va cohesionándose, por decirlo así, hasta constituir una porción individual del Espíritu universal, esto es, una individualidad siempre creciente en el transcurso de su evolución. El Alma [2] va pasando vida tras vida durante infinidad de años y siglos sin cuento. La evolucionante individualidad y su conciencia es resultado de las experiencias adquiridas en el transcurso de su desenvolvimiento.

Es el Alma aquella entidad que tan alto nivel alcanza hoy día en alguno de los Hijos de los hombres, y tiene tras sí un pasado siempre presente en su conciencia ampliamente desarrollada mientras holló el largo sendero de su peregrinación, y en la que se comprendían las experiencias de todas las vidas pretéritas. A cada nacimiento, cuando ha de acopiar nuevas experiencias, el Alma se infunde parcialmente en nuevas vestiduras para adquirir nuevas experiencias que agregar a las ya adquiridas durante las pasadas edades. Esta porción del Alma que así desciende a los planos inferiores para acrecentar el conocimiento que la magnifique, es lo que llamamos Mente, o sea la porción del Alma actuante en el cerebro y en él presa y aherrojada, de suerte que la abruma la pesadumbre de la carne y obscurece su conciencia porque no puede atravesar el tupido velo de materia. Toda la grandeza de la Mente se reduce a esta luchadora porción del Alma que con propósito de mayor desenvolvimiento actúa en el cerebro. Según va actuando manifiesta sus potencias en la medida que le consienten las limitaciones de la materia, y todo cuanto el Alma es capaz de manifestar de sí misma por medio del cerebro constituye la mente del hombre que será más o menos amplia según el grado de su evolución. Pero en el Recinto Externo comprende el hombre que el Alma es él, que la mente es tan sólo su pasajera manifestación, y por lo tanto reconoce que así como el cuerpo físico y los deseos de concupiscencia se han de supeditar a la mente, peculiar del Alma aprisionada, así la mente se ha de supeditar a la porción superior del Alma de la que es tan sólo proyectada representación temporal, un instrumento, un medio de manifestación necesario para que el Alma cumpla su tarea de recoger y asimilar experiencias. Comprendido esto ¿cuál será la situación de nuestro candidato?

Al paso que la mente se relaciona con el mundo exterior, observa y recopila nuevas experiencias, las clasifica, ordena y juzga, procediendo así en todo lo demás de su desenvolvimiento intelectual para transmitir los resultados al Alma que se los asimila y lleva consigo al devachán donde los transmuta en Sabiduría. Conviene advertir que la Sabiduría es muy distinta del conocimiento. Llamamos conocimiento al conjunto de hechos experimentados, de los juicios que sobre ellos forma la mente y de las conclusiones que infiere de los juicios, mientras que Sabiduría es la esencia extraída de todo este conjunto, lo que el Alma cosecha de sus experiencias durante su permanencia en el devachán, El candidato ya sabe todo esto y por lo tanto reconoce, hasta donde su penetración alcanza, que él, su Yo, es el Alma evolucionante a través de las vidas pasadas, y así comprende la razón de habérsele dicho que desde un principio debía distinguir entre el perdurable Yo y la mente que tan sólo es su pasajera manifestación en el mundo de la materia a fin de actuar en beneficio del Alma. Entonces advierte el por qu cuando el disc pulo encuentra el camino del Recinto Exter no, su primera exclamaci n en demanda de ense anza es: Oh! Maestro qu har para alcanzar sabidur a? Oh! Sabio qu para lograr la perfec ci n? De labios del Sabio brotan en respuesta estas palabras que al principio parecen extra as: Busca los Senderos. Pero oh! Lan, s limpio de coraz n antes de emprender la marcha.

Antes de dar el primer paso aprende a discernir lo ver dadero de lo falso, lo transitorio de lo sempiterno [3]. Despu s contin a el Maestro explicando la diferencia entre conocimiento y sabidur a, y lo que son la ignorancia y el conocimiento, y la sabi dur a que a los dos sucede, estableciendo as la distinci n entre la sabidur a propia del Alma y la mente que como un espejo refleja la luz aunque recoja polvo, y por lo tanto necesita que la brisa de la sabidur a del Alma la limpie del polvo de la ilusi n Si el candidato es prudente, refle xionar diciendo: Qu diferencia hay entre lo real y lo ilusorio y por qu influye en la manifes taci n de la mente? Cu l es la diferencia entre el reflejante espejo y el Alma que ha de sacudir el polvo del espejo para desvanecer la ilusi n? Qu parte desempe a la mente que tan poderosa parece, hasta el extremo de identificarla con el hombre en el mundo inferior? Cu l su funci n si, con todo, el primer paso en el Sendero es distin guir lo ilusorio de lo real, y la mente est sutil mente enlazada con lo ilusorio? Pero hay otras palabras que, seg n el candidato recuerda, las pronunciaron tambi n los Maestros de Sabidur a.

Recuerda una extra a frase referente al raj de los sentidos, al monarca gobernante de la natu raleza inferior, que en modo alguno es amigo del disc pulo. Recuerda que al comienzo de las ense anzas se le orden investigar este raj de los sentidos con el fin de conocerlo porque es el engendrador del pensamiento y el que despierta la ilusi n. Se le dice al disc pulo que la mente es el gran destructor de lo real, y que el disc pulo ha de matar al destructor [4]. Esto parece darnos la pista de un pensamiento que ilumine al candi dato en su investigaci n del raj, rey de los sen tidos que engendra el pensamiento, despierta la ilusi ny mata lo real. La realidad existe en el mundo espiritual. Seg n adelanta el proceso diferencial, surge la ilusi n engendrada por la evolucionante mente que a favor de su facultad imaginativa traza infinidad de cuadros e im genes y por medio de su facultad racional edifica en el aire los imaginados proyectos. La mente es para el disc pulo el creador de la ilusi n, el matador de lo real y as su primera tarea como disc pulo ha de ser matar al matador, pues si no se desembaraza de esta ilusiva facultad de la mente nunca ser capaz de ir m s all del Recinto Externo. Entonces vuelve a escuchar la voz del Maestro que le manda esforzarse en identificar la Mente con el Alma, y emprende la tarea de transmutar la mente inferior a fin de identificarla con la supe rior, anulando su ilusionante poder para que reconociendo su verdadera filiaci n se identifique nuevamente el Hijo con el Padre y los dos sean uno. Despu s recibe el candidato una ense anza que en m stico lenguaje le ordena destruir el cuer po lunar y purificar el mental.

Estudiando el sig nificado de estas frases se familiariza con los s mbolos y alegor as y entiende que el cuerpo lu nar es el cuerpo astral cuya ndole k rmica o con cupiscente ha de destruir al paso que purifica el cuerpo mental. El Maestro le dice: Limpia tu cuerpo mental porque s lo quit ndole el polvo de la ilusi n ser posible reintegrarse y fundirse con su Alma. Entonces advierte el candidato que obra ha de realizar con la mente en el Recinto Externo, pues conoce que él mismo, el Alma viviente, desenvolvió durante su secular ascensión, la fuerza que la capacita para formarse en su servicio un instrumento de uso individual que debe manejar conscientemente; por lo que en vez de ser la mente su dueño ha de ser sumiso esclavo, un instrumento útil en sus manos. Cuando el candidato adquiere este convencimiento, se le representa en toda su realidad la índole de su tarea y comienza a educar su mente por las cosas más sencillas, pues observará que la mente pasa fácilmente de un objeto a otro y es mudable, voluble, turbulenta, difícil de dominar y contener, según notó Arjuna hace ya cinco mil años. El candidato ha de domar su mente como se doma a un potro adiestrándolo para la silla de modo que al montarlo siga en derechura el camino por donde el jinete le guíe y no para que salte zanjas, fosos y setos, ni para que corra campo atraviesa en todas direcciones.

Así el candidato, en su vida diaria, donde ha de llevar a cabo toda esta obra, irá educando poco a poco su mente, acostumbrándola a pensar en actitud perseverante y definida sin consentir que las múltiples tentaciones circundantes extravíen su pensamiento en toda dirección. Ha de negarse a diseminar su pensamiento; ha de insistir en conducirlo por determinado y recto camino; evitará el estudio fragmentario de las cuestiones como si no tuviera bastante energía para sostener continuadamente la atención en un tema dado; rechazará la infinidad de tentaciones con que le halague nuestra frívola época ; y para mayor adiestramiento de su mente leerá con deliberado propósito libros cuyo asunto requiera persistente atención y persevere durante largo tiempo en una misma modalidad de pensamiento, sin saltar bruscamente de una cuestión a otra, pues esta volubilidad intensificaría la inquietud que obstruye el sendero hasta el punto de serle imposible proseguir su camino sin antes del todo vencerlo.

Así día tras día, mes tras mes, año tras año, irá elaborando su mente y adiestrándola en la persistencia del pensamiento, de modo que piense en lo que se proponga pensar. Ya no permitirá que sus pensamientos vayan y vengan de uno a otro objeto ni que se le aferren como ideas fijas sin poder desarraigarlos. Será el dueño de su casa. No importa que le sobrevengan dificultades en su vida diaria, pues le servirán para educar su mente, y cuando las dificultades sean muy espinosas y las ansiedades muy apenantes y le abrumen durante días, semanas y meses hasta el punto de moverle a tedio al reflexionar sobre ellas, dirá: No quiero retener en mi mente semejantes pensamientos de ansiedad y zozobra, porque nada ha de aposentarse en ella sin que mi elección lo invite, y todo cuanto venga sin invitación lo expulsaré más allá de los límites de mi mente.

Hay quienes no pueden conciliar el sueño conturbados por angustiosos pensamientos que no les dañan tanto como el tedio que causan en la mente. Con todo esto ha de acabar el candidato, porque no ha de permitir acción alguna sin su consentimiento y habrá de condenar a piedra y lodo las puertas de su mente cuando intenten introducirse los pensamientos advenedizos. Esta será una tarea difícil, larga y penosa, porque los malos pensamientos se empeñarán en entrar y él ha de rechazarlos una y otra vez y tantas cuantas se presenten, pues no hay otro medio de anular los siniestros pensamientos.

Pero ¿cómo lograrlo? Al principio convendrá substituir el mal pensamiento por otro de índole placentera, pero más tarde bastará el resuelto empeño de rechazarlo. Hasta que el candidato no tenga bastante fortaleza para atrancar la puerta de su mente contra los malos pensamientos y quedarse tranquilo, le valdrá más substituir por un pensamiento relacionado con lo permanente el pensamiento que ha de desechar relacionado con lo transitorio. De esta suerte logrará el doble propósito de invalidar el pensamiento en lo transitorio y habituar a la mente a posarse en lo eterno, adquiriendo con ello el convencimiento de que lo presente es pasajero y no vale la pena de conturbarse por ello. Descansando sobre el seguro apoyo de lo permanente, robustecerá la costumbre de posarse en lo eterno, que es el secreto de toda paz en éste y los demás mundos. Luego de educada así su mente y cuando la domine hasta el punto de hacerla pensar en lo que él quiera y desviarla de lo que él no quiera, dará el candidato otro paso todavía más difícil que los anteriores, pues se retraerá de la mente y ya no pensará con ella, no porque se vuelva inconsciente sino por el anhelo de más amplia conciencia, ni tampoco por que se debilite o aletargue su vida, sino porque es ya tan vívida que el cerebro no puede contenerla. Este explaye de la vida interna, este incremento de la vital energía fluyente del Alma, acabará por darle a entender al candidato que es posible llegar a una etapa en donde el pensamiento no derive ya de la mente sino que sea la conciencia del Alma. Mucho antes de tener continuidad de esta conciencia habrá de pasar el candidato por la etapa de aridez, vacuidad y oquedad, una de las más penosas de la vida en el Recinto Externo; y entonces tendrá vaga idea del significado de las palabras del Maestro: Refrena con tu Yo divino tu yo inferior, y refrena con lo Eterno lo divino [5]. El Yo divino es el Alma que ha de refrenar a la mente inferior; pero más allá del Alma está lo Eterno, y en el porvenir oculto en el interior del Templo, lo Eterno ha de refrenar a lo divino, como lo divino refrenó al yo inferior. Poco a poco va aprendiendo el candidato que ha de ser dueño de todo cuanto en su torno se relaciona con su mente, que llegará a una de las etapas del Recinto Eterno en donde le cerquen sutiles tentaciones que ya no embestirán contra la naturaleza inferior sino que se atreverán al ataque contra la superior, con el intento de valerse de la mente para perder al discípulo después de fracasar en su empeño de expugnarlo con el ariete de la concupiscencia y de los groseros halagos de la carne.

Después sobrevienen las insidiosas tentaciones que en numerosos tropeles engañan al hombre interno y le rodean mientras asciende por su áspero sendero. Por todos los lados le asedian las tentaciones del mundo mental, y así debe haber logrado completo dominio sobre las imágenes mentales de su propia creación, antes de poder mantenerse impertérrito, sereno e incólume entre aquella turba de atropellados pensamientos que le asaltan, no ya vigorizados y fortalecidos por las flacas mentes de los hombres terrenos, sino por un formidable impulso que entraña algo de la índole de las fuerzas del plano espiritual, aunque del aspecto sombrío que intenta matar el Alma y no del luminoso que anhela auxiliarla. En el Recinto Externo se encuentra cara a cara con estas potísimas fuerzas del mal que enérgicamente le acometen ; y si no logró dominarse en los límites de su mente ante los débiles ataques del mundo terreno ¿cómo podrá resistir a las huestes de la maligna entidad de Mara? ¿Cómo recorrerá esta cuarta etapa del Recinto Externo, en cuyo torno se apelotonan los enemigos del Alma, y por la que nadie puede pasar si no goza de absoluta paz? Después adquiere el Alma la fuerza derivada de la fijeza de la mente, ya tan robusta que puede posarse en lo que elija y permanecer allí inconmovible a pesar de cuantos torbellinos la circunden.

Es ya tan firme, que nada externo logra perturbarla, y tan vigorosa que ya no necesita esforzarse en anular cosa alguna, pues ha trascendido la etapa en que es indispensable el esfuerzo. Cuanto más fortaleza tenga el Alma, menos habrá de esforzarse en su actuación; y cuanto más potente, menos mella le harán las acometidas del exterior. Entonces llega la mente a la gloriosa etapa en que sin necesidad de matar los pensamientos caen sin vida junto al santuario, porque ya no necesita la mente matar ni que la maten, puesto que ya está limpia y es pura y obediente. Así comienza la identificación de la Mente con el Alma, resultando de ello que al chocar con la mente algo extraño, se anula por su propio impulso, es decir, que no hay necesidad de rechazarlo porque muere herido por la misma violencia del choque. Tal es la fijeza de mente comparada a una luz puesta en lugar resguardado de todo soplo. En este lugar de sosiego a la sombra de los muros del Templo, goza el candidato de absoluta paz y ( como dice el Kathopanishad II 20 ) libre de deseos y de inquietudes se adueña de su voluntad y con sosegados sentidos contempla la majestad del Alma, porque entonces ya no iluminan su vista entrecortados vislumbres ni vacilantes rayos de luz, sino que en aquella absoluta paz y serenidad, sin rastro de deseo ni la más leve pena, la majestad del Alma brilla esplendorosa sin eclipses y en toda su integridad la refleja la mente, que si antes era como polvoriento espejo o lago agitado por el viento, ya es pulimentado espejo de perfectos reflejos y lago tranquilo que a la montaña devuelve la imagen de sus árboles, y la de sus estrellas y arreboles al cielo. Pero ¿cómo así? La amonestadora voz nos habla de un momento de peligro por que ha de pasar el candidato poco antes de llegar a la etapa en que ya la luz no vacile. Es el momento en que la mente, a manera de alocado elefante enfurecido en la selva, empeña su última lucha con el Alma. ¿Cómo domar entonces a la mente?

Es su postrera porfía, el final esfuerzo que al verse amenazada de sujeci n intenta la naturaleza inferior para pre valecer contra la superior. Porque seg n nos dicen todos los libros que tratan de la Iniciaci ny de la Sabidur a oculta, cuando el candidato se acerca a la puerta del Templo y antes de atravesarla, todas las potesta des de la Naturaleza, todas las fuerzas mundana les se levantan contra l para derribarlo. Es la ltima lucha que ha de sostener antes de la definitiva victoria, y esta lucha es el viv simo reflejo de otra empe ada en planos inimaginables por lo superiores, donde los m ximos entre los mayores encontraron su camino. De esta lucha es s mbolo la ltima que cabe el Arbol sagrado donde recibi la iluminaci n que lo convirti en Buddha, sos tuvo Gautama contra las huestes en su alrededor arremolinadas con intento de cerrarle el paso. Aunque en planos much simo m s inferiores, tam bi n ha de sostener esta lucha crucial el disc pulo que en su presente vida se acerca a la puerta del Templo. C mo vencer en la lucha? C mo seguir las huellas de los que le precedieron en el sendero probatorio? En las palabras del Maestro hallar de nuevo el conveniente auxilio, pues de Sus la bios brota una insinuaci n capaz de guiarlo. Ne cesita se ales que le lleven al Alma Diamante[6] Qu es el Alma Diamante? La que se ha unido completamente al verdadero Yo, y sin defecto ni mancha enfoca con diamantina diafanidad la luz del Logos, para irradiarla a los hombres. El potente Nombre que acabo de citar, como pudiera citar otros Nombres de igual significado, aunque en diversos idiomas, es el del Alma superior a to das las dem s, el Alma Diamante, tan di fana, tan pura y sin tacha ni grieta, que por su medio alumbra a los hombres la luz del Logos. Es el Alma que miramos en los momentos de suprema aspiraci ny que nos atrae con s lo un vislumbre de su belleza y un toque de su lumbre.

Porque el Alma se remonta hacia su origen como la flor se explaya hacia la luz, y las señales que la atraen son los fulgentes resplandores del Alma Diamante derramados sobre la que, aunque débil y vacilante, es Ella misma, y con divina energía la impulsa a unirse con Ella. Cuando el discípulo tiene más perfecta comprensión descubre el significado de la frase: Alma Diamante, y se convence de que también en él encarnará el Alma Diamante. ¡Mira a tu interior! ¡Eres Buddha! Echa de ver entonces que mente y cuerpo son instrumentos para el servicio del Alma y tan sólo útiles y valiosos cuando funcionan para alcanzar lo superior. La devoción afina después las cuerdas de la mente en completa sujeción al Alma que a su vez las templa por virtud de la devoción, y entonces es la mente un instrumento a propósito para que lo pulse el Maestro y arranque de él toda melodía terrenal y celeste. Por fin el discípulo llega ante la puerta del Templo y se percata de que se ha encontrado a sí mismo, que el Alma es él y contempla entonces a un Ser todavía más elevado con quien aspira a unirse en el interior del Templo. Mientras estuvo ante la puerta unió su yo perecedero con su eterno Yo, la mente con el Alma. En este punto comienza a identificarse por adoración con el Supremo, pues reconoce que en su vida cotidiana puede el Alma estar en perpetua adoración prescindiendo de las tareas en que se ocupen mente y Cuerpo, y que la vida del discípulo es la ininterrumpida adoración del Supremo, la incesante contemplación del Alma Diamante. Reconoce también que mientras el Alma está así ocupada en el Recinto del Templo, el cuerpo y la mente trabajarán en el Recinto Exterior y en el mundo en favor de la menesterosa humanidad, pues son sus útiles o herramientas de trabajo en la vida terrena los que funcionan, entretanto su verdadero ser está en adoración. Entonces comprende el significado de la frase: – los ángeles del cielo ven cara a cara al Padre – porque la visión del Alma Padre es perpetua y ni las nubes terrenas pueden obscurecerla ni las obras del mundo estropearla. Mientras cuerpo y mente laboran, el Alma está en incesante contemplación, y cuando el Alma llega a este punto atraviesa el umbral, pasa del Recinto Externo al Templo de su Señor.

[1] La peregrinación de la humanidad durante su presente ciclo evolutivo consiste en pasar siete veces por una cadena de siete globos. En cada globo se detiene muchos millones de años durante siete veces y por lo tanto, como los globos son siete, hay cuarenta y nueve detenciones.

[2] De todo cuanto expone la señora Besant se infiere que toma como sinónimos las palabras Alma y Ego. En el actual estado de conocimientos teosóficos ha prevalecido definitivamente la palabra Ego para denotar la individualidad o verdadero hombre. – N. del T.

AUTOR: Annie Besant

Libro: Hacia el templo “Conferencias 1ª y 2ª” de Annie Besant

Próximo Artigo