Daydreaming por Roberto Cabrera Olea

  • 2010

No Chile

(22 de maio de 2010)

EU FICO NA TERRA!

Minha voz muda nos dias de hoje. Torna-se diferente sob a sombra - ou a luz - dos eventos nos níveis coletivo e pessoal. Eventos de mesma origem, que se eu os deixar fluir na confiança da paz alcançada, também terão o mesmo destino.

Minha voz se torna mais e mais terra, mais baixa, marrom, sólida e granulada. Minha voz fala com firmeza e com amor, minha, aquela que me entregou e que conseguiu transformar as velhas visões de submissão para trazê-las à liberdade de projetar diante de meus olhos apenas o que minha pele E meu coração quer sentir. Não digo que neste jogo não enfrente situações que, à primeira leitura, pareçam inexplicáveis ​​ou difíceis de se conectar com a maneira que escolhi viver, mas não choro mais por medo de não saber o que virá, mas pelo sentimento pleno da maravilhosa experiência de ser e estar neste plano de energia materializada. O choro por aquelas coisas que eu não esperava nada mais do que esclarecer minha compreensão para ver além do aparente, e isso é apreciado. A voz com a qual falo hoje nasce de dentro, de minhas vísceras humanas, de onde eu queria entrar definitivamente para viver plenamente essa experiência de vida na Terra. Vida que é construída a partir das certezas mais profundas, das minhas próprias verdades, no entendimento de que a energia que sustenta a vida sou eu e, ao mesmo tempo, é quem cruza o meu caminho. Essa vida terrena e cada vez mais enraizada no humano, surge da memória da magia da transformação baseada na aceitação do mundo e das "leis" que governam todo o universo, além, insisto, do aparente, intuindo permanentemente o Fonte mão em tudo ao meu redor.

Magia consciente. Magia antiga, a de transformar o amor, é o que hoje em dia guia meus passos como nunca antes.

Desde criança, havia uma certeza em minha alma que sempre tentava trazer à minha vida diária. É verdade que, por trás de toda a vida, existe um meio de subsistência de energia que, mais do que sustentar, É precisamente toda a vida em que estou imerso. Bem, depois de entender essa premissa, essa compreensão se tornou carne e hoje se manifesta em uma consciência intoxicante de que tudo o que meu corpo mobiliza, como a varinha de um mágico, se torna amor e um convite para o que surround vibrar também nessa música. Ou melhor, meu corpo de carne e osso é apresentado à vida como um catalisador de todo o amor que me cerca ... ou melhor ainda, meu corpo e meu ambiente se fundem consciente e alegremente nessa vibração de amor.

Ser um núcleo independente de energia foi a chave para tornar tudo isso possível. Não preciso mais pedir, nem entregar para ser devolvido. Basta estar na OPÇÃO de ser. Ou seja, era essencial, ao mesmo tempo, escolher honestamente o que eu queria para minha vida. E hoje em dia as opções são mais ou menos claras, como Karen Bishop compartilhou em um de seus últimos textos. Primeiro, não faça nada e espere que as transformações aconteçam na confiança de que tudo está em ordem e que elas seguem seu curso, quer as entendamos ou não. Dois, escolha sair; consciente ou inconscientemente, escolha desmontar e sair do jogo porque está ficando muito denso e perigoso. E três, faça acontecer, fique e viva. Quando tive a clareza de que realmente precisava escolher e que ninguém me mostraria um caminho ou me levaria pela mão para me guiar à luz ou o que eu pensasse que viria ao mundo, decidi optar pela honestidade, sem julgamento antes A estrada tomada. E lembrei-me de tudo o que escrevi e que compartilhamos há algum tempo, abraçando- me à auto- estima necessária para criar nesses tempos nada fácil. Foi então que eu disse: eu fico! Optei por ficar e criar. E a vida responde a esse salto consciente, corajoso e ligado ao amor (da mesma maneira que as outras opções; aqui, o que realmente importa é escolher, conscientemente escolher e seguir esse caminho), porque eu, antes de tudo, acredito em mim e A humanidade, em seu poder de alcançar a libertação além do medo e, assim, deixar de lado a escravidão da consciência que a vincula há tanto tempo ..., à qual nós mesmos nos acorrentamos.

Agora, o que isso permanece no jogo e é um núcleo de energia independente que apenas é. Primeiro, implica render-se ao amor como a energia da vibração mais alta do Universo, porque já foi deduzido que, em vez de temer as trevas, tememos nossa luz e o amor que a sustenta. Como é que vamos temer a escuridão se a vivemos há milhares de anos? Não é ela que nos assusta, mas tememos ser felizes e livres, porque isso implica assumir a responsabilidade por nossas vidas. Isso é fundamental, uma vez que aceitamos no amor nossa dificuldade de entrar em nós mesmos, nem mesmo de entrar na luz ou em Deus, mas tomando-nos em nossas mãos e nos abraçando em nosso próprio peito, entendendo que nesse ato é o encontro das pessoas. Amor original que deu vida a tudo o que existe. Este jogo é para compartilhar conosco o brilho que alcançamos com os outros, sem nem mesmo fingir ensinar, porque existe a consciência de que cada um é um caminho por si só, lembrando o que é em essência e o papel que Ele veio jogar nesta vida.

O jogo está comigo, e sem medo que me governe, porque sou quem sou no meu próprio amor, porque em mim vive a maior luz esperando para poder espelhar quem fica na minha frente e mostrar a ele imediatamente que a luz O que ele vê é precisamente dele.

Em segundo lugar, permanecer e continuar criando um futuro maravilhoso significa NÃO FUGIR, ou melhor, parar de fazê-lo. Não estar permanentemente fazendo com que ele se retire da vida como se fosse algo ruim ou como se estivesse ameaçando estar nela. Implica respirar não apenas com os pulmões, mas com todo o corpo, sem medo de exalar o que está dentro de si, sem medo de ser o que é, sem medo de nossa própria loucura e poesia, sem medo de nossa magia Mas cuidado, sempre haverá medo, mas aquele que não nos governa mais, mas excede, que nos adverte e nos instala em um alerta necessário para dar o próximo passo com plena consciência. Essa permanência implica, então, ser responsável por nossas experiências pessoais e coletivas, porque o mundo após 2012 é para seres soberanos, conscientes, autônomos e livres. É isso que estamos construindo hoje próximo à Terra.

Ficar também implica aceitar e respeitar com amor incondicional que os outros desejam deixar ou não querem fazer nada e esperar (como outra maneira de energizar o mundo com amor). São opções para esta viagem e, se estiverem lá, sejam bem-vindos. No meu caso, aceito que até o último minuto possa haver alguém que queira receber o convite do amor, porque escolhi e concordei em ficar para dar um aperto de mão. Muitas vezes envolve entrar no mesmo inferno (doença, sofrimento, dor, medo, etc.) com o risco de cair nele e sua loucura de submissão, passando a acreditar na ilusão atemporal e sentindo novamente medo de viver. Ou seja, estou disposto a fechar os portões do inferno depois que o último ser decide sair de lá; apenas acompanhando-o, abraçando-o, observando-o, respeitando-o e amando-o. Às vezes assusta e também pega de vez em quando, não nego, essa energia coletiva que se dá ao medo é forte, mas eu lembro (eu volto pelo coração, vejo de novo com amor) a todo momento, porque é um sentimento No meu coração, que nesta última viagem à luz, desta vez uma jornada de carne, sangue e ossos, fazemos tudo ou nada.

Eu permaneço na Terra disposto a tremer o chão, a dança do oceano, os fogos do vulcão e todas as transformações necessárias do nosso planeta, recuperando o simples e o cotidiano, aquilo que aparentemente nos afasta do espiritual, porque sei que que me alivia ao divino está dentro de mim e se manifesta a partir daí em todas as formas do mundo. Recuperando o contato puro, blindado e aberto com os outros, o abraço, o sorriso, os sabores, os afetos, com tudo e com todos, sem distinção, sem julgar caminhos nem opções, porque entendo que em tudo o que olho é o amor, porque sentindo que remexendo no medo e nas trevas, sempre encontro um tesouro de luz. E sentindo que para pegar o trem nesta viagem não há caminhos específicos, mas um salto único e único no amor que nada mais é do que autoconfiança, ou seja, em Deus, o Pai-Mãe, fez carne no humano, qualquer que seja a forma que assume na vida cotidiana.

Fico para criar e fazer amor se tornar carne! Participar de tudo o que vem à nossa frente, amar os velhos a aceitar a inevitável transformação, em eterna gratidão pela experiência e pelas infinitas possibilidades que se abrem diante de nossos corpos, mentes e corações.

Um presente humano na Terra, que desfruta de tudo, desde a memória de sua luz.

Esta é a minha rota.

Por Roberto Cabrera Olea

Chile / 22 de maio de 2010

www.automaestriaarchivo.blogspot.com /

Próximo Artigo